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Conheça a história do homem forte do futebol do Náutico em 2018

Diógenes Braga contou sobre a relação entre torcedor e dirigente e do que espera para 2018

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 24/12/2017 às 10:02
Léo Lemos/Náutico
Diógenes Braga contou sobre a relação entre torcedor e dirigente e do que espera para 2018 - FOTO: Léo Lemos/Náutico
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Homem forte do futebol do Náutico, Diógenes Braga é do interior de Pernambuco e chegou para ser diretor do clube no final de 2014. Hoje, é vice-presidente de futebol. Em janeiro, assume a vice-presidência do executivo. Ao JC, o empresário e veterinário de 43 anos falou do amor pelo clube, da transição entre torcedor e dirigente e do que espera para a temporada 2018 no Timbu.

RELAÇÃO

Na verdade, o que baliza a minha vida é a relação com meu pai, que é muito forte. E um dos maiores elos que tenho com ele é o Náutico. Cresci alvirrubro porque meu pai me educou assim. Sou filho de São Bento do Una, cidade a 200 quilômetros do Recife. Na minha infância, entre tantas marcas, uma das coisas que mais tenho na memória era ouvir jogo no rádio com meu pai. Normalmente, a gente ia pescar ouvindo as partidas. Minha relação com o Náutico é extremamente forte. É muito difícil dizer quando começou minha relação com o clube. Sou torcedor, usando uma expressão popular, desde que me entendo por gente.

SÓCIO

Quando passei no vestibular e vim para Recife fazer veterinária, cheguei com o sonho de me formar e com uma alegria muito grande de ficar perto do Náutico. Comecei a frequentar o clube, ir a jogos e lembro muito bem quando entrei para ser sócio pela primeira vez. Passei na monitoria de uma cadeira chamada bioquímica, e era um trabalho remunerado. Lembro que quando recebi a minha primeira remuneração, de R$ 80, vim direto no Náutico me associar. Meus filhos, assim que nasceram, já viraram meus dependentes.

DIRETOR

Não tenho uma ascendência de diretores na minha família. Vim da arquibancada e vou voltar para ela. Por isso, vou tentar fazer meu melhor para poder voltar para o meio da torcida. É o que eu sou.

TRANSIÇÃO

Gosto muito de futebol e fiz uma boa amizade com o técnico Dado Cavalcante, genro do meu sócio. Ele ia muito na nossa empresa e sempre ficávamos conversando. Na época, era treinador do Santa Cruz (2010). Passou-se o tempo e chegou um momento em que se pretendeu contratar Dado para o Náutico, em 2014. Para essa vinda, me foi solicitado, porque sabiam que tinha bom contato, que conversasse sobre essa possibilidade com ele. Na época, era só um sócio simples do Náutico. Me aproximei depois desse episódio. Quando terminou 2014, existia a intenção do Náutico de renovar com Dado, e eu tentei ajudar. Ele foi para o Ceará e eu acabei entrando na diretoria.

MUDANÇA

Muda muito a relação de torcida e dirigente. O torcedor apenas vibra com a vitória e se entristece com a derrota. No meu caso, me preocupo com cada torcedor porque já estive lá. Quando temos uma alegria, comento com minha esposa que me sinto muito feliz quando a gente vence um jogo e no outro dia estamos andando pela rua e vemos uma camisa do Náutico. Assim como uma tristeza mexe muito comigo. Eu tenho o sentimento do torcedor, potencializado por hoje estar vivendo e dando diretrizes no processo.

PRIMEIRA VEZ

Já como diretor em 2015, fizemos um Pernambucano muito ruim porque era um time muito barato, para tentar guardar dinheiro para subir na Série B. No Brasileiro, montamos um time bom, ficamos em quinto e não subimos por pouco. A base ficou para 2016.

CONSELHO

Voltei para o Conselho Deliberativo em 2016. Lá, foi criada a comissão de futebol e fui colocado como presidente. Fizemos um trabalho muito legal de ajudar a base, conseguindo a parte financeira para disputar várias competições. Tenho muito orgulho de ter conseguido colocar no regimento interno do clube que todo elenco profissional, a partir daquele momento, teria obrigatoriamente que ter 25% de atletas da base. Tenho o entendimento que a base é a solução de qualquer clube com problemas financeiros. E não é simplesmente só colocar, mas que sejam bem trabalhados para produzir atletas em condições de jogar. Essa é uma das coisas que tenho um orgulho muito grande. Vou passar como dirigente, e é uma das coisas minhas que vai ficar. Tenho muita convicção que isso vai ajudar o clube no futuro.

DIFICULDADES

Temos uma grande responsabilidade com o clube. É montar um time competitivo no ano que provavelmente será o de maior dificuldades financeiras do clube. Isso é uma equação muito difícil de fechar. Mas estamos trabalhando bastante e acredito que a gente vai conseguir.

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