Jogador curioso, futebol moleque, desengonçado. É assim que o técnico Roberto Fernandes descreve o principal driblador da equipe do Náutico na atual temporada. Mesmo com 24 anos, Rafael Assis relembra os tempos do futebol arte no Brasil. Da Terceira Divisão de Portugal a inspiração em D’Alessandro, é um dos grandes personagens do elenco alvirrubro que chega na final do Pernambucano.
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“Rafael Assis não é velho, mas retrata o futebol moleque de sei lá quantos anos atrás. É o cara que a primeira coisa que pensa é driblar, a segunda é driblar e a terceira, driblar de novo. É uma comédia. Um cara todo desengonçado (risos). Estava fora do processo e volta a viver um bom momento”, explicou o treinador.
Contratado em dezembro junto ao Sanjoanense, da Terceira Divisão de Portugal, Rafael Assis já chegou de forma curiosa. No dia que seria da sua apresentação oficial, machucou-se no treinamento e só voltou a aparecer em fevereiro. Na primeira partida pelo Timbu, arrebentou contra o Salgueiro com duas assistências. Em uma delas, infernizou a vida da defesa do Carcará com um drible semelhante ao “La Boba”, marca registrada do meia argentino D’Alessandro, de quem é fã assumido.
SEM ESPAÇO
Em alta, jogou sete partidas seguidas após a estreia, mas não conseguiu repetir a atuação do primeiro jogo e perdeu espaço. Na semana passada, porém, fez o gol da vitória sobre o Botafogo-PB e voltou a ter espaço. Hoje, pode ser titular.
“Realmente caí de produção e vinha me cobrando por isso. Passei a ser muito criticado e isso me deixou chateado. Mas em nenhum momento deixei de treinar e trabalhar. Agora, Roberto voltou a me dar oportunidades. Agradeço pelas chances e espero que agora possa manter uma sequência”, afirmou o atacante.