Entrevista

Náutico: Rafael Assis, um apaixonado pelo drible

Ao JC, atacante do Timbu falou sobre seu estilo agressivo e a obsessão pelos dribles

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 14/04/2018 às 10:05
Diego Nigro/JC Imagem
Ao JC, atacante do Timbu falou sobre seu estilo agressivo e a obsessão pelos dribles - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Titular do Náutico, Rafael Assis é diferente dos outros jogadores do elenco. Em coletiva e com bom humor, o técnico Roberto Fernandes o definiu como um jogador “de antigamente”. Ao JC, o atacante falou sobre seu o estilo agressivo e a obsessão pelos dribles, inspirados no argentino D’Alessandro. Relembrou também o início de carreira, no interior de Minas Gerais, e o sobrenome Assis, inspirado em craque do Fluminense da década de 80. Por fim, celebrou o primeiro título na carreira e fez projeções para o Náutico na Série C, que começa amanhã e já com Clássico das Emoções.

ESTILO

Sou um pouco desengonçado, meio desequilibrado e com as pernas tortas do Garrincha (risos). Desde a minha base, sempre tive característica do drible em direção ao gol e visando um atacante melhor posicionado para dar o último passe. É o meu ponto forte. Graças a Deus tem dado certo.

LA BOBA

Sou um cara que assisto a muitos jogos, e sempre vejo o D’Alessandro jogar. Toda vez que ele faz essa jogada, o adversário fica estático. Fui treinando, tentando, adaptando e aprendendo. No primeiro jogo aqui contra o Salgueiro, fiz a jogada e deu certo. Espero que possa continuar acertando.

PROFESSOR

Fico feliz com as palavras de apoio do Roberto. Ele me dá toda liberdade. No primeiro jogo da final contra o Central, falou pra pegar a bola e ir pra cima. Infelizmente o estado do campo não admitiu fazer muito. Mas quando tem campo um pouco mais rápido, é mais fácil fazer. Ele sempre falou para mim: ‘passou do meio de campo, faz tuas jogadas que ninguém te pega’. É importante ter a confiança dele.

COMEÇO

Comecei jogando em escolinhas na minha cidade (Visconde do Rio Branco-MG, a quase 300km de Belo Horizonte). Foi bastante complicado no início porque sempre fui muito ligado a minha mãe, e ela não queria me deixar sair. Teve um jogo na cidade e um olheiro gostou de mim. Fui pro Fluminense, passei dois meses em testes, e fiquei quatro anos lá. Infelizmente não tive oportunidade de subir para o profissional, mas na base fui vice-campeão da Copinha em 2012.

ASSIS NO SOBRENOME

Sempre fui franzino, e quando cheguei no Fluminense me disseram que eu era parecido com Assis (ex-atacante do Flu da década de 80, famoso pela parceria com Washington, o ‘casal 20’). Ele morava no alojamento do clube e sempre ia assistir aos nossos treinos e jogos. O sobrenome pegou e até hoje só uso Rafael Assis.

TÍTULO

Felicidade muito grande porque foi meu primeiro título como profissional. O Náutico estava há muito tempo sem conquistar nada e entramos pra história do clube. Estamos muito felizes e esperamos repetir conquistas na Série C, um campeonato difícil. A gente está preparado.

SÉRIE C

Não vejo o Náutico como favorito, assim como não era pra ganhar o Pernambucano. A gente está no caminho certo, conquistamos o título e temos uma força maior para entrar na Série C, que é um campeonato difícil e com jogos truncados. É continuar trabalhando e mantendo os pés no chão. Já vamos estrear com um clássico, e queremos começar com o pé direito. Vamos em busca da vitória.

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