Desafio

Joanna Maranhão vai disputar prova de travessia marítima

Pernambucana fez sua primeira e única disputa desse tipo quando tinha 10 anos

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 20/02/2017 às 10:00
Satiro Sodré/SSPress
Pernambucana fez sua primeira e única disputa desse tipo quando tinha 10 anos - FOTO: Satiro Sodré/SSPress
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Especialista principalmente nas provas de fundo da natação (400m medley e 800m livre),  a pernambucana Joanna Maranhão está prestes a se lançar em um novo desafio. Na verdade, não tão inusitado assim em sua carreira. Depois de fazer a sua primeira e única travessias marítima quando tinha 10 anos, a atleta volta a encarar uma nova disputa desse tipo. No próximo mês, ela vai percorrer 5km na praia de Porto Belo, em Santa Catarina.

A pernambucana de 29 anos resolveu voltar a fazer uma nova travessia para superar um trauma de criança. Em 1997, ela viajou com os pais para Maceió (AL) para participar de uma prova de 3km. A nadadora ficou em segundo lugar na categoria absoluto feminino, mas foi vaiada ao subir no pódio porque muitos não acreditaram que uma criança conseguisse esse resultado sem trapacear.

“Como eu era criança demais, meu pai foi num caiaque de um lado, e tio Paulo (seu então treinador) do outro. Perto do fim da prova, virei pra painho e disse ‘pai, ainda não tô cansada’ e ele disse ‘então acelera, filha’. Cheguei em segundo no feminino absoluto. Quando subi no pódio, fui vaiada pelos pais dos atletas e torcedores. Segundo eles, uma menina da minha idade não teria como chegar em segundo no absoluto, a não ser que eu tivesse pego carona no ‘barco” do meu pai. Traumatizei e nunca mais fiz travessia. Mas como a gente cresce e aprende que enfrentar é sempre a melhor saída, cá estou eu, aos 29 anos de idade, prestes a fazer outra travessia”, anunciou Joanna por meio de sua conta na rede social Instagram.

 

Eu era mirim 2 na época (em 97) E ai viajei com meus pais e Tio Paulo (meu técnico do cpr) pra fazer uma travessia de 3km em Maceió. Mainha atolou vaselina no suvaco e, como eu era criança demais, meu pai foi num caiaque de um lado, e tio Paulo do outro. Perto do fim da prova, virei pra painho e disse "pai, ainda não tô cansada" e ele disse "então acelera, filha". Cheguei em segundo no feminino absoluto. Quando subi no pódio, fui vaiada pelos pais dos atletas e torcedores. Segundo eles, uma menina da minha idade não teria como chegar em 2 no absoluto a não ser que eu tivesse pego carona no "barco" do meu pai. Traumatizei e nunca mais fiz travessia. Mas como a gente cresce e aprende que enfrentar é sempre a melhor saída, cá estou eu, aos 29 anos de idade prestes a fazer outra travessia, dessa vez de 5km em Portobelo, no mês de Março. Confesso que me da um frio na barriga de pensar na prova. Será que vou ter senso de direção? Será que vou ter sangue frio pro contato físico que rola durante a prova? Não sei! Mas estou disposta a tentar! E agradeço demais a Unisanta e a secretaria de esportes de Pernambuco por acreditarem nesse desafio. Espero terminar sem um arranhão e feliz com mais essa experiência. Mãe, pai...essa pegou vocês de surpresa hein? ?????

Uma publicação compartilhada por Joanna Maranhão (@jujuca1987) em Fev 17, 2017 às 1:58 PST

 

ANSIEDADE

O retorno às travessias vem deixando a nadadora um pouco ansiosa. Ela se preocupa, principalmente, se irá ter senso de direção. O contato físico com outros nadadores que costuma haver nesse tipo de disputa também é outra questão que está fazendo Joanna refletir. “Mas estou disposta a tentar! E agradeço demais a Unisanta e a secretaria de esportes de Pernambuco por acreditarem nesse desafio. Espero terminar sem um arranhão e feliz com mais essa experiência. Mãe, pai...essa pegou vocês de surpresa hein?”, finalizou a atleta. 


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