Cenário

Náutico e Santa Cruz ainda não investem no futebol feminino

No Timbu, atletas atuam em troca das passagens para os treinos, enquanto, no tricolor, nem equipe há

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 08/03/2017 às 8:07
Matheus Raposo/Comunicação Náutico
No Timbu, atletas atuam em troca das passagens para os treinos, enquanto, no tricolor, nem equipe há - FOTO: Matheus Raposo/Comunicação Náutico
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Carteira assinada, acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, treinos em dois expedientes e alimentação garantida. A realidade que o Sport começou a proporcionar a suas jogadoras a partir deste ano, quando a equipe de futebol feminino foi retomada, ainda é bem distante da dos coirmãos. No Náutico, atletas atuam em troca de passagens e material esportivo. Do lado tricolor, a situação é ainda mais complicada após o recente encerramento do departamento de futebol feminino.

O fato de alvirrubros e tricolores não estarem investindo na modalidade pode impedir uma possível participação de suas equipes masculinas na Libertadores e na Copa Sul-Americana a partir de 2019. Pelo regulamento da Conmebol, os clubes só poderão jogar esses torneios se tiverem um time feminino. A norma foi ratificada pela CBF em janeiro deste ano. 

O grupo feminino do Timbu é formado por remanescentes do ano passado, sendo comandado por Jeronson França. As alvirrubras se preparam para o Campeonato Pernambucano, a partir de 30 de abril, e a Série B do Brasileiro.

As meninas começaram a pré-temporada no fim de 2016, mas estão sem treinar desde o Carnaval. Elas ficaram sem campo depois que o estádio dos Aflitos foi interditado. A perspectiva é que usem um dos gramados do CT timbu. O problema é que os campos passaram por um tratamento especial e só três foram liberados até o momento. A prioridade é das equipes sub-15, sub17 e sub-20, além do time profissional. 

“Até 2016, a nossa equipe tinha um tratamento amador, mas o clube está tentando mudar isso com as novas regras”, contou a meio-campista Thaynara Furtado, de 21 anos. “Isso já vem de muito tempo. É complicado jogar sem reconhecimento. Espero que comecem a nos ajudar, inclusive criando mais competições para que o clube tenha mais motivos para investir”, completou.

TRICOLOR

No Santa, o time foi encerrado poucos meses depois de ser reativado em 2016. Atletas de outros estados e uma argentina ficaram sem receber o prometido durante todo o período em que jogaram pela equipe. O Tricolor, porém, se exime de qualquer responsabilidade. Em nota oficial, informou que obrigação era de terceiros, sendo um projeto desenvolvido de fora para dentro, sem que tenha havido a participação de profissionais da agremiação.

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