O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, foi preso na manhã desta quinta-feira durante operação da Polícia Federal que investiga e combate o desvio de recursos públicos na entidade esportiva. A operação recebeu o nome de Águas Claras, prendeu mais três pessoas no Rio de Janeiro e enviou outros 16 mandatos de busca e apreensão que também foram cumpridos. As medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
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DENÚNCIAS
O trabalho começou após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários ligados aos esportes da CBDA (natação, polo aquático, nado sincronizado, maratona aquática e saltos ornamentais). Dessa forma, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal iniciaram a investigação com o apoio da Controladoria-Geral da União.
As informações dão conta que cerca de R$ 40 milhões foram repassados à CBDA, mas não foram utilizados pelos dirigentes para fins esportivos. A lei previa que os recursos públicos fosses aplicados em convênios e medidas de fomento ao esporte no País, o que não aconteceu. Esse valor foi instrumento de uma série de esquemas de desvios por meio de convênios e leis de fomento ao esporte. Em contrapartida, há indícios que o dinheiro foi utilizado para uso pessoal dos dirigentes esportivos.