Automobilismo

Aposentadoria de Massa quebra representatividade do Brasil na F1

País teve pilotos na categoria nos últimos 48 anos, período em que conquistou oito títulos mundiais

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 10/11/2017 às 11:27
AFP
País teve pilotos na categoria nos últimos 48 anos, período em que conquistou oito títulos mundiais - FOTO: AFP
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Com o anúncio da aposentadoria de Felipe Massa da Fórmula 1, o Brasil deve ficar sem um representante na principal categoria do automobilismo, pela primeira vez nos últimos 48 anos, ao término desta temporada. Apesar de muitos pilotos brincarem, afirmando que não acreditam que Massa vá se despedir do esporte - ele retornou este ano após dizer que pararia em 2016 - é provável que o vice-campeão de 2008 realmente deixe a F1 após o GP de Abu Dabi, o último do calendário.

A ausência do País deixa uma espécie de lacuna no esporte, já que o Brasil construiu uma forte tradição na categoria, com os oito títulos mundiais obtidos. Foram três conquistados por Ayrton Senna, dois por Emerson Fittipaldi e outros três por Nelson Piquet.

A probabilidade elevada de o Brasil ficar sem representatividade nas próximas temporadas nem diz tanto respeito à falta de talentos. É mais em razão de um bom piloto do País precisar, necessariamente, ter associado a si um grande aporte financeiro.

Exemplo de um taleto brasileiro que ficou de fora da Fórmula 1 em razão de questões ligadas aos patrocinadores foi o baiano Luiz Razia. Em 2013, o campeão da F3 foi anunciado como o piloto da Marussia para toda a temporada. O sonho do brasileiro, porém, foi frustrado porque ele não conseguiu trazer para a equipe os Us$ 8 milhões necessários, na época, para assegurar seu lugar.

Razia acabou perdendo espaço para o francês Jules Bianchi e chegou a declarar que nunca mais pagaria para correr em lugar nenhum.

JOVEM PROMESSA

Um dos nomes cotados para ser o próximo brasileiro na Fórmula 1 é o jovem Gianluca Petecof, de 15 anos. O adolescente é um dos pilotos com maior destaque no kartismo internacional. Inclusive, foi apontado pelo tetracampeão Sebastian Vettel como um forte candidato do País a guiar um F1. 

"Não conheço muitos brasileiros, então não sou um expert, talvez conheça mais sobre os alemães, mas sempre houve muitos (pilotos) brasileiros, e acredito que esse cara (Gianluca Petecof) tem boas chances. Sempre houve muitos garotos brasileiros, e ele é um deles", afirmou. "Não espero vê-lo tão cedo na F1, leve seu tempo", concluiu Vettel, aproveitando para brincar com o jovem

Gianluca faz parte da Academia Shell Racing. Na Europa, integra a renomada equipe italiana Tony Kart, por meio da qual vem fazendo intercâmbio com a Academia de Pilotos da Ferrari. 

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