Preocupada com a queda nas ultrapassagens na Fórmula 1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta terça-feira que a categoria passará por mudanças em 2019 para ter mais trocas de posições durante as corridas. As alterações acontecerão nos carros, com simplificações nas asas e nos dutos de freios.
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Aprovadas pelo Grupo de Estratégia, pela Comissão da F1 e pelo Conselho Mundial de Automobilismo, as mudanças são: simplificação da asa dianteira, com maior envergadura; simplificação dos dutos de freio dianteiros e sem aletas; e alterações na asa traseira, que a torne maior e mais profunda.
O objetivo da F-1 é reduzir as turbulências dos carros, o que deve favorecer mais ultrapassagens a partir do próximo ano. Nova proprietária da categoria, a Liberty Media vinha admitindo preocupação com a falta de ultrapassagens desde o ano passado, quando mudanças consideráveis no regulamento tornaram os carros maiores e passaram a causar maior turbulência para os carros atrás, o que dificulta a troca de posições nas corridas.
As discussões começaram ainda no ano passado, mas só vieram a público no início desta temporada durante o GP do Bahrein. Foi no fim de semana da segunda prova do ano que equipes e autoridades conversaram sobre o assunto. As decisões foram confirmadas na segunda-feira, com voto eletrônico de todas as partes envolvidas.
"A votação de ontem [segunda] é consequência de um intenso período de pesquisa dentro das propostas da FIA, que foram feitas com o apoio dos donos dos direitos comerciais da F-1 e conduzidas pela maior parte das equipes", informou a FIA, em comunicado oficial. "Estes estudos indicaram que estas alterações devem ter um impacto positivo na disputa na pista e nas ultrapassagens."
Outras medidas
A FIA afirmou também nesta terça que ainda estuda outras medidas para favorecer as disputas nas corridas da F-1, mas não forneceu detalhes sobre o foco de suas pesquisas. Estas ideias, assim como as anunciadas nesta terça, só teriam efeito para a temporada 2019.
A entidade esclareceu ainda que estas novidades não tem relação direta com as mudanças que estão sendo estudadas para 2021, quando a F-1 deve protagonizar novo ciclo de motores, a exemplo do que aconteceu em 2017.