O Santa Cruz equilibrou o jogo até perto dos 30 minutos do segundo tempo, quando o Confiança aumentou a pressão. Mas não se pode dizer que os corais tiveram uma estreia ruim na temporada 2018 ao empatar com o Confiança por 1x1 no Batistão, pela primeira rodada do grupo A da Copa do Nordeste. Um time quase cem por cento novo, com pouco tempo de treino conseguiu sobressair-se muito mais pela transpiração, principalmente nos minutos finais, quando o cansaço era bastante visível.
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SUFOCO
Em casa, com um pouco mais de entrosamento era até esperado que o Confiança fosse à frente. E o time da casa usou bem a velocidade para chegar mais perto do gol nos primeiros minutos. Aos cinco, Klenisson fez o papel de pivô e serviu Rafael Villa, que entrara mais rápido que Paulo Henrique. O chute passou raspando a trave direita. O segredo dos sergipanos foi ocupar um espaço um pouco maior que o aceitável entre a linha de defesa e os volantes corais.
BOLA NO CHÃO
Aos poucos, os tricolores preencheram melhor os espaços e tomaram um pouco mais a posse da bola. Trocando mais passes aliviaram a pressão. O problema foi chegar lá na frente. Muito por conta da ausência de um jogador de área. Augustou usou a nove, mas estava posicionado como um ponta-direita. Quem fez o papel do 'falso nove' foi o meia Daniel Sobralense. Mas, isolado, não ajudou nem como meia nem como centroavante.
NA LINHA OU NO GOL?
O jogo equilibrado manteve a bola entre uma intermediária e outra. E longe dos dois goleiros. Somente na reta final ela chegou, de maneira bastante polêmica. Tanto que sequer tocou as redes. Vítor bateu falta da direita e Jorginho emendou de primeira na entrada da pequena área. Genivaldo tinha tudo para defender, mas a bola passou entre seus braços e tocou a linha. Na tentativa de tirar, ela ainda bateu na trave e voltou para seus braços. O árbitro, que estava bem mais próximo, pediu a ajuda do assistente, que viu a bola passando. Marcou gol não sem muita reclamação dos jogadores do Confiança.
EMPATE
Na volta para o segundo tempo, o Confiança voltou com um jogador mais ofensivo (Gilsinho) no lugar de André Beleza. A marcação dos mandantes também mudou. Começou no campo ofensivo. E não demorou muito para render frutos. Logo aos 12 minutos, numa cobrança de escanteio pela direita, Frontini, que incomodara a defesa tricolor desde os primeiros minutos de jogo, cabeceou forte, sem chance de defesa para Tiago.
POSITIVO
Falar de Vítor é quase chover no molhado. A qualidade do veterano ainda chama a atenção dentro do elenco tricolor. Mas entre os estreantes, o volante Jorginho e o atacante Robinho mostraram que podem ser os destaques do time. O primeiro pela força física, inclusive com boa capacidade de chegar ao ataque, como fazem os volantes modernos. Robinho tem velocidade, mas estava visivelmente sem ritmo de jogo.
NEGATIVO
Muito pelo posicionamento no sacrifício, o meia Daniel Sabralense pouco contribuiu. Não deu continuidade o jogo quando posicionou-se como centrovante nem apareceu mais próximos aos volantes para armar o jogo. Sua 'ausência' fez o jogo tricolor variar pouco e facilitar a marcação adversária. Já Augusto ainda está em débito. Sem conseguir fazer a jogada chegar ao fim não serviu e nas chances de finalizar mostrou pouca pontaria.
Ficha do jogo:
Confiança
Genivaldo; Osvaldir (Arlan), Gabriel, Vítor Pio e Radar; Zaquel, Rafael Vila, Everton Santos e André Beleza (Gilsinho); Frontini e Klenisson (Tiquinho). Técnico: Ailton Silva.
Santa Cruz
Tiago Machowski; Vítor, Renato Silveira, Genilson e Paulo Henrique (Wesley); Jorginho, João Ananias, Daniel Sobralense (Jeremias) e Arthur Rezende; Robinho e Augusto. Técnico: Júnior Rocha.
Local: Batistão (Aracaju-SE). Árbitro: Diego da Silva Castro (PI). Assistentes: Rogério de Oliveira Braga (PI) e Mauro Cezar Evangelista de Sousa (PI). Gols: Jorginho, aos 40 do primeiro tempo. Cartões amarelos: André Beleza, Osvaldir, Gabriel e Jorginho.