Jomar Rocha, ex-diretor do Santa Cruz, era um dos milhares de tricolores presentes na Ilha do Retiro, nesta quarta-feira, para acompanhar o Clássico das Multidões. E, assim como os demais, sentiu na pele a confusão causada entre os corais e a Polícia Militar após o gol da Cobra Coral, marcado por Fabinho Alves. Segundo o ex-dirigente, a confusão começou antes da entrada na casa rubro-negra.
"A Polícia já começou a pressionar a torcida ali na Avenida Beira Rio (via que dá acesso à Ilha). Dois ou três policiais já baixaram o cassetete nos torcedores. Só quem está lá para sentir. Para entrar, eram poucas catracas. Arnaldo Barros (presidente do Sport) tem que perceber que aquele acesso não dá para a torcida do Santa Cruz", relatou Jomar.
DENTRO DO ESTÁDIO
Rocha disse ainda que na arquibancada do estádio rubro-negro a pressão continuou. De acordo com ele, o próprio filho escapou de apanhar da PM. Após a confusão entre as duas partes, cerca de 60 torcedores foram atendidos dentro do gramado. O segundo tempo da partida começou com pouco mais de cinco minutos de atraso.
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"O estádio estava muito cheio. Alguns policiais vão ali só para bater. O Ministério Público teria que ir lá. Quem tira o telefone para filmar apanha mais. É inadmissível o que alguns policiais fazem aí. Meu filho escapou de levar uma paulada sem nenhuma necessidade", completou.
A reportagem do JC procurou a assessoria de comunicação da PM para saber o posicionamento da instituição acerca das denúncias. Mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.