Santa Cruz espera batalha dura em campo contra o Operário-PR

Entre as preocupações para enfrentar o Operário-PR no jogo decisivo para o acesso à Série B, o Santa Cruz se prepara para uma verdadeira batalha dentro de campo. A expectativa de um jogo de faltas duras, além da parte técnica, é baseada não apenas pelos sete cartões amarelos dos paranaenses na primeira partida, como também nas ameaças dos próprios atletas alvinegros aos tricolores.

O atacante Robinho relembrou o momento em que recebeu a ameaça de ‘troco’ no Germano Krüger. “Foi no segundo tempo, numa bola em que sofri a falta, fingi que ia bater rápido e só estiquei a perna. Um cara passou por mim e disse: ‘aqui é fácil, quero ver fazer isso lá.’ Já deu para ver que será diferente.”

Apesar disso, o atleta garante que não se sente intimidado com a promessa de faltas duras. “Não tem o que fazer. É jogar e não tem outra forma. Eu não me preocupo. Estou acostumado com isso. Por ser um jogador de velocidade e com característica de drible, já sou acostumado a ser sempre caçado em campo.” Na verdade, enxerga como incentivo. “Isso pra mim, é mais uma coisa a mais para ir para cima do adversário.”

Ainda de acordo com Robinho, a orientação do técnico Roberto Fernandes é justamente para tirar proveito em cima da situação. “O professor fala que, quando estamos no mano a mano, como eles batem muito, eles tomam muito cartão. Lá, eles vão querer bater muito também e vão tomar cartões. Nós podemos explorar isso e ficar mais fácil de ter alguém expulso”, destaca o atacante.

PREOCUPAÇÃO COM A TORCIDA

Mas não é apenas nas quatro linhas que o Santa Cruz se mostra atento. Muito perto delas, inclusive, nas arquibancadas do acanhado estádio de Ponta Grossa, a pressão vinda das arquibancadas também é um ponto que inspira cuidados. “Lá, é muito chato com a torcida por ser próximo do campo. Eles jogam copos e outras coisas. Mas nós estamos focados. Vai ser uma guerra. Eles vão vir com sangue nos olhos”, espera Robinho.