O centro de treinamento é o grande celeiro do clube para trabalhar as categorias de base. Em Pernambuco, Sport e Náutico vivem uma realidade diferente do Santa Cruz. Enquanto os rubro-negros e alvirrubros possuem o equipamento estruturado para trabalhar os garotos, os tricolores precisam se dividir entre o Arruda, o espaço onde era o CT Waldomiro Silva e o estádio Grito da República, em Olinda. Porém, a Cobra Coral tenta gradativamente com o apoio dos torcedores avançar as obras do Ninho das Cobras, localizado em Aldeia, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Leia Também
O Leão é o clube que tem o maior investimento nas categorias de base. Com pouco mais de R$ 300 mil por mês, o Sport banca toda a estrutura para 127 jovens atletas no Centro de Treinamento José de Andrade Médicis. Para aumentar ainda mais a bagagem dos juniores, o Sport colocou o time sub-20 para jogar a Série A2 do Campeonato Pernambuco.
“O investimento vai até onde dá para investir. Porque se colocar muito mais, como o Vitória, de repente não conseguiria ficar cinco anos na Série A, como ficou. Com dificuldades, mas permaneceu. Para um clube do Nordeste passar cinco anos seguidos na Série A, precisa de um investimento bom”, comentou o treinador leonino do sub-23 Júnior Câmara.
No Timbu, o gasto fica em cerca de R$ 100 mil por mês com a categoria de base. Todos os garotos, aproximadamente 100, treinam no Centro de Treinamento Wilson Campos. O Náutico também colocou o time sub-20 para atuar na Série A2 do Campeonato Pernambuco - Náutico e Santa jogam ainda ao Copa do Nordeste Sub-20, ao lado do América.
“Hoje a importância para qualquer clube é a categoria de base, além de você fazer receita, se forma uma característica do time. Não é apenas formação de atletas. Também técnico, preparador de goleiro, por exemplo, e comissão de uma maneira geral”, disse o presidente alvirrubro Edno Melo.
COBRA CORAL
Tentando igualar os rivais, o Santa Cruz está concluindo a obra do primeiro campo do CT Ninho das Cobras. Porém, caminha a passos lentos já que toda a construção caminha com o apoio da torcida. Até agora já foi gasto mais de R$ 650 mil. A prioridade está sendo os campos com o intuito de ter lugares próprios para treinamento.
Os garotos do sub-12, 13, 15 e 17 trabalham no Waldomiro Silva e as demais categorias no Arruda e Grito da República, em dois dias da semana. O custo gira entre R$ 60 e R$ 80 mil para em média 140 jovens.
“Toda a diretoria está trabalhando para gerar uma estrutura para os garotos. Se hoje estamos conseguindo atrair atletas de qualidade, imagine com um CT. O clube começou a enxergar o futuro como uma pirâmide invertida”, declarou o técnico das categorias corais sub-20 e sub-23 Rômulo Pereira.