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Santa Cruz encerra venda de ovos em prol do CT: ''Quem tem ideia fixa é doido''

O responsável pelo CT do Santa Cruz anunciou o ovo como o mais novo produto da linha para ajudar na construção

Davi Saboya
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Davi Saboya
Publicado em 09/11/2018 às 17:27
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O responsável pelo CT do Santa Cruz anunciou o ovo como o mais novo produto da linha para ajudar na construção - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O responsável pela obra do Centro de Treinamento Ninho das Cobras, João Caixero, revelou nesta sexta-feira que decidiu retirar o ovo da linha de produtos criados com a marca do Santa Cruz para captar recursos para a construção. A justificativa dele é que a ideia não repercutiu positivamente entre os tricolores. A mudança foi tomada pelo dirigente uma semana depois de anunciar a criação de galinhas no terreno do CT, em Aldeia, na Região Metropolitana do Recife (RMR), para produzir e comercializar ovos.  

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"Repensei e peço desculpa aos torcedores do Santa Cruz que não entenderam a ideia. Talvez eu não tenha me posicionado da maneira correta quando quis colocar na linha de produtos o ovo, que é um alimento que está na mesa de todo mundo. Repensei e tirei o produto. Continuaremos com os outros meios de arrecadar dinheiro para o CT. Quem tem ideia fixa é doido", afirmou o ex-presidente coral. 

João Caixero destacou que não guarda ressentimento dos opositores a ideia. Ele frisou que, se a ideia não foi aceita, não existem motivos para permanecer com a venda de ovos. No início, o dirigente pensou em até aumentar a produção de ovos. O Ninho das Cobras é administrado pela Associação Centenária do Santa Cruz, que é ligada a comissão patrimonial. 

"Os opostos se unem. Tive opositores diante da ideia e retiro para me juntar a esses grandes tricolores que não gostaram da ideia. Não seria louco em insistir com um processo que não foi aceito. É igual a um produto de mercado. Se o mercado não aceita, se acaba a produção", disse. 

Por outro lado, o responsável pelo centro de treinamento anunciou a comercialização do título patrimonial do CT. "Vamos criar mil para serem vendidos. Cada um vale mil reais e pode ser dividido em quatro parcelas. Vamos seguir com todas as demais ações", comentou. 

Caixero salientou que está providenciando para legalizar o produto. Quem comprar também possuirá uma pequena parte dos direitos econômicos de todo atleta fruto do equipamento coral. "Quem comprar terá um percentual do terreno do CT e ainda terá uma margem de todo jogador que for revelado pelo Ninho das Cobras", finalizou. 

OPOSIÇÃO

A direção executiva do Santa Cruz emitiu uma nota, no dia seguinte ao anúncio da produção de ovos no CT, declarando ser contra a venda de ovos. Na mesma data, o grupo "Tricolores do CT", que contribuiu com cerca de 50% do gramado do primeiro campo, também se opôs a ideia. Os corais nas redes sociais se manifestaram contra a comercialização. 

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