Apesar de se declarar insatisfeito com o atual momento do Sport, o presidente do Leão, Arnaldo Barros, enumerou uma série de motivos para justificar o baixo desempenho de Ney Franco no comando da equipe. Nos últimos oito jogos, o Leão saiu de campo com a vitória uma única vez, acumulando ainda dois empates e cinco derrotas. As duas últimas foram no tropeço, por 3x0 no tempo regular, diante do Danubio, pela volta da Sula, e na vexatória estreia na Série A do Campeonato Brasileiro, com direito à goleada por 4x0 da Ponte Preta sobre os rubro-negros, em Campinas (SP), no último domingo (14).
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"O treinador chegou aqui há pouco mais de um mês, só pegou decisões pela frente, não teve uma oportunidade sequer de fazer um treino tático porque joga, regenera, prepara e joga de novo, quando não tem viagem nesse meio. E não pôde sequer repetir o time, salvo engano, por mais de dois jogos consecutivos. O que impede ele de utilizar esses jogadores repetidamente, ora são lesões, ora é a fisiologia que determina e o departamento médico que o atleta está na eminência de ter uma lesão e, para prevenir, ele não pode jogar, ora são punições, de toda sorte que nós não temos condição de fazer uma avaliação precisa do trabalho do treinador", justificou o mandatário, em entrevista à Rádio Jornal.
O presidente leonino também falou sobre o fato de o Sport estar disputando cinco competições com um plantel de 31 jogadores ser um elemento dificultador para o trabalho de Ney Franco. Além das finais do Pernambucano e da Copa do Nordeste, o Leão joga ainda as Copas do Brasil, Sul-Americana e a Série A do Campeonato Brasileiro.
"Tantas variações, tantas variáveis e a tantos obstáculos que impediram ele de usar plenamente o nosso plantel. Então, nós não estamos satisfeitos, mas também precisamos ter a serenidade para reconhecer a necessidade de participar de várias competições ao mesmo tempo, com o plantel curto, enxuto, por questões orçamentárias. Isso tudo levou a essa limitação de utilização dos atletas", completou Arnaldo.