POLÊMICA

Sport tenta impedir na Justiça a buzina em Salgueiro

Leão moveu uma ação para ter tranquilidade no jogo da volta no Sertão

Leonardo Vasconcelos
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Leonardo Vasconcelos
Publicado em 05/06/2017 às 20:20
Diego Nigro / JC Imagem
Leão moveu uma ação para ter tranquilidade no jogo da volta no Sertão - FOTO: Diego Nigro / JC Imagem
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A segunda e decisiva partida da final do Pernambucano de 2017 entre Salgueiro e Sport é só no próximo dia 18 na cidade sertaneja, mas na Justiça ela já começou. E o placar está favorável para o Carcará. Em vez de bola o que está em jogo é a buzina. Isso porque o Sport moveu uma ação no início de maio para tentar impedir que torcedores entrem no Cornélio de Barros com qualquer tipo instrumento sonoro como corneta, buzinas e afins. O pedido, todavia, foi negado. O recurso do Leão agora será analisado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)

Segundo o Sport, o pleito visa permitir que a comissão técnica possa trabalhar de forma tranquila no banco de reservas. A medida atinge em cheio o folclórico Francisco Gomes, conhecido como Tarcísio da Buzina, o famoso torcedor que costuma importunar os times adversários com sua potente buzina.

DEFESA

Procurado pela reportagem do JC, o gerente de futebol do Salgueiro, Carlos José, defendeu a presença do ilustre torcedor. “O que acontece dentro de campo é o mais importante, não é uma buzina que vai interferir no resultado. O Tarcísio já é um torcedor folclórico, já faz parte das nossas arquibancadas. Ele representa a alegria da nossa torcida. Claro que existe a pressão para o adversário, mas não se pode dizer que ele afeta o desenrolar da partida”, afirmou.

Carlos ainda lembrou que não é a primeira vez que o Sport tenta silenciar o estádio. “Eles já tentaram barrar a buzina outras vezes. Mas é um direito do torcedor que pode expressar o seu apoio da forma que quiser. A Justiça não pode calar a alegria do torcedor”, disse.

O gerente do Salgueiro citou até o antigo torcedor símbolo do Leão. “O Sport não contava com o saudoso Zé do Rádio que infernizava os técnicos adversários fazendo barulho no banco de reservas? Isso não atrapalha, só ajuda. É aquele algo a mais do futebol”, defendeu Carlos José.

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