Para a diretoria leonina, o excesso de jogos do Sport em 2017 prejudicou bastante o rendimento do time - foram 81 partidas nas cinco competições disputadas. Essa afirmativa pode até ter seu fundo de verdade, entretanto, o maior número de compromissos em seus domínios contribuíram e muito para o cofre do clube. Nas 40 partidas disputadas como mandante na última temporada, o Leão faturou com a receita da bilheteria o valor de R$ 5.819.362,19. Essa quantia, por exemplo, é praticamente a mesma que Náutico e Santa Cruz receberam da cota de televisionamento da Série B desse ano (cerca de R$ 6 milhões). Porém, na próxima temporada, a tendência é que essa receita despenque, já que o Sport abriu mão da Copa do Nordeste e não se classificou para a Sul-Americana.
Só para se ter uma noção do que o clube vai perder por não disputar essas duas competições em 2018, os jogos da equipe rubro-negra em casa no Nordestão e no torneio continental da última temporada representaram uma renda líquida de bilheteria de quase R$ 2 milhões (R$ 1.983.082,00). Se em 2017 o Sport disputou 40 jogos em casa, no ano que vem o time leonino tem previsto apenas 24 mandos (podendo chegar a 34, caso avance nos torneios mata-matas.
O que preocupa ainda mais é que as três rendas negativas do Sport no ano foram justamente em dois campeonatos que o time disputará na temporada seguinte: Pernambucano (1) e Copa do Brasil (2). No confronto contra o 7 de Dourados-MS, pela 2ª fase da Copa do Brasil, o Leão teve a pior renda, com um prejuízo para abrir o estádio de R$ 9.494,35.
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Já a maior arrecadação como mandante nesse ano foi no confronto diante do Palmeiras, na 16ª rodada da Série A. Contra o então campeão Brasileiro, o Sport embolsou R$ 607.556,05. A quantia desse único jogo foi um quinto do que o clube lucrou com a bilheteria no Brasileirão inteiro.
PREJUDICOU
Segundo o presidente rubro-negro, Arnaldo Barros, o Leão só não teve uma renda total maior porque nas últimas partidas da Série A, para livrar o rebaixamento, a diretoria disponibilizou entrada franca para os associados do clube.
“Dependemos das receitas dos jogos, mas nas últimas rodadas abrimos o portão para o sócio, que não pagou para entrar. Isso é bonito no papel, sendo que o clube vive desses recursos. Se eles não chegam ou atrasa teremos repercussões”, falou Arnaldo, em coletiva que concedeu para fazer o balanço do primeiro ano de sua gestão, há duas semanas.