Além das recordações dos tempos de glória no Sport, Rogério e Flávio aproveitaram para fazer um desabafo. A dupla cobrou um maior reconhecimento por parte do clube diante dos ex-atletas, campeões da elite do futebol brasileiro em 1987. “Flávio se doou pelo clube, ele até poderia estar com essa escolinha, mas poderia também ser treinador de goleiros ou do juvenil”, comentou o ex-atleta. “O Rogério poderia estar repassando um pouco da qualidade dele por lá, assim como Betão e outros jogadores que poderiam ter espaço. Mas não vamos deixar de ser Sport por causa disso”, complementou o goleiro.
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Outro pedido feito por eles foi a realização de uma festa para celebrar a conquista. “A gente é merecedor de uma festa de trinta anos, por mais que tenham passado vários jogadores pelo Sport, muitos de qualidade, mas o maior título foi o de 87 e a gente faz parte disso”. Quando o assunto é reconhecimento, Rogério aponta a torcida como responsável por relembrar os ídolos do passado. “Passamos pelo time, mas só somos reconhecidos pelo torcedor, não pela diretoria, só Homero Lacerda (atual presidente do Conselho Deliberativo)”, criticou.
CONECTADOS
Para manter a união entre os campeões, foi criado um grupo no Whatsapp em 2017, por onde a parceria se mantém mesmo depois de três décadas. Nele, além de 11 atletas, os técnicos Emerson Leão e Jair Picerni, responsáveis pela campanha, diretores e o médico da equipe na época também marcam presença.
“A alegria da gente era fora e dentro de campo, e até hoje a brincadeira é a mesma daquele tempo. Não tem como essa união acabar”, afirmou. “Zico e Ribamar moram em Curitiba, Robertinho no Rio, Betão em São Paulo, mas a primeira coisa que fazem quando estão por aqui é ligar para se reencontrar”, frisou.
Rogério ainda relembrou um encontro em maio do ano passado na Ilha do Retiro, marcado para o lançamento da nova camisa do clube Na ocasião, alguns jogadores do elenco se reuniram para participar da divulgação.