Com um pensamento bastante antagônico do presidente Arnaldo Barros - que mantinha um discurso altamente otimista quando estava à frente do futebol do Sport-, Guilherme Beltrão já chegou pregando uma mentalidade de pés no chão. Demonstrando, apesar de pouco tempo, já ter noção da difícil realidade financeira que o clube se encontra.
Com o Brasileirão batendo à porta, o vice-presidente de futebol leonino deixou claro que a briga do Sport não é na parte de cima da tabela, Libertadores - como Luxemburgo chegou a declarar no ano passado, quando o Leão estava no G-6.
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“Sempre disse que Sport, Bahia, Ceará, times fora do G-10, eventualmente vão estar entre os seis primeiros da Série A, como o Sport esteve em 2015. Sinceramente, eu vislumbro o Sport disputando entre a 8ª e a 12ª colocação. Isso numa questão de otimismo exacerbado. Mas, se terminar em 16º, estarei feliz porque estaremos pelo sexto ano seguido na Série A”, frisou.
TETO SALARIAL
Para o restante da temporada, Beltrão adiantou que o Sport não será mais um clube ostentação e que vai implementar algumas mudanças na hora de gastar.
“Vamos ter um teto salarial, porque não pode gastar em dois jogadores quando precisa de seis no elenco. Porque nas 38 rodadas quando dá a curva do segundo turno começa a lesionar ou cansar e começa a cair o desempenho como foi em todos os anos. O que vai permear o Sport é voltar às suas origens na questão do coletivo. Não o individualismo acima do bem e do mal”, disse.
#JCEsportes “No @sportrecife, o coletivo tem de sobressair do individualismo”, declarou Guilherme Beltrão. pic.twitter.com/S2pi21WXlv
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 22 de fevereiro de 2018
O dirigente pretende formar um grupo operário para a disputa do Brasileirão. “Vamos buscar jogadores com um perfil de quem queira crescer no clube. Tem que ser experiente, ter qualidade, mas dentro do orçamento do Sport”.