Arnaldo Barros

Presidente do Sport quebra silêncio, fala sobre atrasos salariais e rejeita renúncia

Arnaldo Barros não concedia entrevista coletiva desde abril, quando Nelsinho Batista deixou o cargo técnico

Diego Borges
Cadastrado por
Diego Borges
Publicado em 25/09/2018 às 12:20
William Aguiar/Sport
Arnaldo Barros não concedia entrevista coletiva desde abril, quando Nelsinho Batista deixou o cargo técnico - FOTO: William Aguiar/Sport
Leitura:

O que deveria ser a apresentação da nova composição do Departamento de Futebol do Sport, se tornou um espaço aberto para que o presidente executivo do clube Arnaldo Barros - que não concedia entrevista coletiva desde a saída de Nelsinho Batista, em Abril - pudesse se comunicar e esclarecer questionamentos sobre a gestão. Entre os principais pontos debatidos, Arnaldo Barros deu ênfase à questão salarial, reconhecendo o atraso de dois meses com os atletas, mas negou que a folha do administrativo esteja em débito.

O Sport apresentou na manhã desta terça-feira, no Centro de Treinamentos José de Andrade Médicis, a nova composição do Departamento de Futebol do clube. O novo vice-presidente, o empresário Laércio Guerra, assume junto ao dirigente Aluísio Maluf, que retorna ao Leão desde a saída na última reformulação no quadro. Ambos terão a missão de comandar a briga pela resistência na queda contra o acesso, após o técnico Eduardo Baptista deixar o comando técnico e de toda equipe de diretores de futebol, capitaneada pela saída do então vice-presidente de futebol Guilherme Beltrão.

“Não há mistério. O Sport está com dois meses atrasados. O (mês) passado e cinco dias de imagem deste mês. Vamos quitar até quinta-feira e esperamos trazer o mais rápido a notícia de quitado”, reconheceu, antes de negar que a dívida tenha atingido três meses.

“Nunca estivemos três meses (atrasados). Vamos quitar um e esperamos ficar em dia. Nosso problema não é de receita, mas de fluxo de caixa. Não está compatível com os pagamentos. Todo mundo viu a apresentação do orçamento e o déficit.”

Para o presidente rubro-negro, o embargo de receitas como o pagamento do São Paulo por Diego Souza, preso por medida judicial impetrada pelo Fluminense, prejudicam o planejamento financeiro do clube.

“Se, por acaso, uma dessas receitas se frustram, se por acaso elas são bloqueadas, por exemplo, vendemos Diego Souza e 50%... - precipitadamente alguém foi para o rádio, fez uma declaração, motivou o Fluminense e bloqueou a receita -, se aquele valor tivesse entrado, hoje estaríamos em dia, sem atrasos. Temos que conviver com isso, administrar o clube com a grandeza no do Sport com essa dificuldade. o Brasil não está numa situação fácil”, ressaltou.

ATÉ O FIM

Além dos atrasos, Arnaldo Barros também comentou sobre as cobranças recebidas no ambiente político do clube, sobretudo com processo de impeachment organizado com a presença de mais de 600 assinaturas de associados críticos à atual gestão. Apesar das cobranças, o mandatário rubro-negro nega que tenha pensado em deixar o cargo antes do fim do mandato.

“De jeito nenhum. Está vinculado a princípios. Costumo dizer que não tenho tamanho, mas tenho orgulho e ética. Princípios que não me afasto. Não posso renunciar e decepcionar 62% dos eleitores. Tenho que respeitar a oposição. Ela fala em nome dos sócios. Mas por que tenho que dar ouvidos a uma minoria barulhenta? Eu respeito as 500 assinaturas, mas ela não reflete a maioria. O conselho é que representa a maioria dos sócios. Há de se respeitar 62%. Querer fazer desses uma maioria, só se for na próxima eleições. O fardo é pesado. Mas a minha determinação é maior”, cravou.

Últimas notícias