As laterais do Sport seguem alternando bons e maus momentos nesse Brasileirão. Se ofensivamente, os alas estão com uma participação efetiva na média de gols marcados pelo time rubro-negro, defensivamente ainda estão deixando a desejar e, constantemente, acabaram sendo os responsáveis diretos por alguns gols sofridos pelo Leão.
Apesar de a equipe leonina ter o quinto pior ataque da Série A, marcando apenas 27 gols em 30 partidas disputadas, o saldo poderia ser ainda mais modesto sem a contribuição dos laterais, que participaram diretamente de sete gols, o que dá uma média de 26%. Só Cláudio Winck marcou três (Bahia, Flamengo e Vasco) e ainda deu uma assistência para o centroavante Carlos Henrique (que não está mais no clube) empatar a partida contra a Chapecoense, pela 17ª rodada.
Na última partida, por exemplo, o lateral-esquerdo Sander participou dos dois gols marcados pelo Sport diante do Vasco, dando assistências para Mateus Gonçalves, no primeiro gol, e para o próprio Winck anotar de cabeça. Já Raul Prata também soma um passe que resultou em gol, ao cruzar para Michel Bastos marcar na derrota para o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
Porém, quando se trata de defender, os alas rubro-negros estão dando bobeira. Principalmente pelo lado direito, que está apresentando muita vulnerabilidade e oferecendo espaços para os adversários explorarem o setor. Só Raul Prata cometeu os três pênaltis contra o Sport na competição, diante de: Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-PR. "É um jogador que tem suas qualidades, mas não atravessa um bom momento", disse Milton Mendes, em coletiva antes do jogo com o Vasco, ao explicar a escolha por Winck.
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Por se caracterizar mais como um ponta, por vezes, Cláudio Winck deixa o corredor direito desguarnecido. Contra o Palmeiras, na Ilha do Retiro, pela 26ª rodada, a torcida rubro-negra acabou vaiando bastante o jogador após ele ter errado uma saída de bola que resultou em uma cobrança de escanteio para o Verdão e, na sequência, saiu o gol da vitória palmeirense. “Contra o Palmeiras joguei no sacrifício, sentindo a posterior. Falhei no gol e acabaram martelando nisso. Mas ninguém quer saber se o jogador está 100% ou não. Tive de pedir para ficar de fora no jogo seguinte (Atlético-MG) e, contra o Inter, já não poderia jogar por conta do contrato, para me recuperar e voltar bem. Hoje eu estou 100%”, declarou o camisa 2.
DESARMES
No quesito marcação, apenas Sander está isento de críticas. Mesmo apoiando bem no ataque, o lateral de 28 anos tem fôlego suficiente para recompor e ajudar defensivamente. Tanto que ele é o principal ladrão de bolas do Brasileirão, somando incríveis 89 desarmes certos, média de três desarmes por partida - segundo o Footstats (site especializado em estatísticas futebolísticas).
Por falar em marcação, o camisa 56 acredita que, diante do Grêmio, em Porto Alegre, o Sport não pode ficar só na defensiva. “Temos de jogar. Não podemos ir lá e nos afundar atrás e deixar eles jogarem. Temos de encarar de homem para homem. Dar a cara a tapa. É uma partida importante, mas não podemos deixar de atacar. Futebol não é só se defender. Temos de propor o nosso jogo também”, falou Sander.