Nas últimas temporadas, o Sport mostrou grande capacidade de arrancada nas rodadas finais da Série A. Um alento para o torcedor rubro-negro, que segue acreditando na permanência do time na Primeira Divisão. Restando apenas sete partidas para o término do Brasileirão, o Leão quer repetir o mesmo desempenho que obteve nos últimos quatro anos, nesse mesmo recorte de jogos. A menor pontuação que a equipe leonina conseguiu nessas rodadas derradeiras foi de dez pontos - nas temporadas 2016 e 2017, quando lutou para escapar do rebaixamento -, com três vitórias, um empate e três derrotas. Se conseguir somar esses pontos, o Leão chega aos 43, acima do atual ponto de corte: 41.
Já nos anos anteriores, quando o Sport brigou na parte de cima da tabela, o desempenho rubro-negro na reta final de competição foi ainda mais proveitoso. Sob o comando de Eduardo Baptista, em 2014, o time leonino conseguiu incríveis 15 pontos em sete jogos (quatro vitórias e três empates). Enquanto que em 2015, com Paulo Roberto Falcão, somou 13 pontos - quatro vitórias, um empate e duas derrotas.
Um dos segredos para o Leão conseguir chegar na reta final da Série A com alto nível de competitividade está ligado diretamente à preparação física. “O grande diferencial é que saímos do futebol de empirismo para o futebol ciência. E, quando você tem um treinador e uma comissão técnica que respeita a ciência, dosando a carga de trabalho, a equipe cresce no momento certo. Isso tem acontecido nos últimos anos”, explicou Inaldo Freire, fisiologista do Sport.
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Preparador físico do clube há mais de dez anos, Tacão enfatiza que não existe um trabalho específico para obter os resultados em um período determinado. “Existe na verdade um trabalho desenvolvido para a temporada inteira. Não fazemos um trabalho específico para esses sete últimos jogos. O que existe é um controle e monitoramento do trabalho... Treinos, recuperação, para que os atletas estejam aptos para chegar na melhor condição para o jogo”, explicou.
SEQUÊNCIA DE JOGOS
As próximas duas rodadas do Brasileirão ainda serão realizadas com uma semana de hiato. Porém, a partir da 34ª rodada, também terão jogos no meio de semana, o que vai exigir um novo planejamento da preparação física. “Ter uma semana para trabalhar nos favorece, mas quando entrar na sequência quarta e domingo, os atletas que estão jogando já não vão treinar e, sim, recuperar”, contou Tacão.
“Nesse caso, a atenção maior nos treinos passa a ser com os atletas que estão ficando no banco. Eles passam a ser objetos de estudo. Temos de prepará-los para quando solicitados possam corresponder em campo”, acrescentou Inaldo Freire.