Mesmo abatido pelo rebaixamento, o volante Jair não escondeu que o erro que mais afetou no final de ano trágico foi o atraso dos salários. Suspenso do último jogo contra o Santos, ele ressaltou que o elenco tentou ignorar a situação, buscou a reviravolta, mas não teve condições de focar no trabalho dentro de campo. Ele não recebeu nenhum vencimento desde a chegada ao Leão no início do mês de setembro.
#JCEsportes Confusão na sede do Sport depois do jogo contra o Santos. A briga envolveu os torcedores contra a segurança do clube e a Polícia Militar, que precisou usar bala de borracha para controlar a situação. pic.twitter.com/C5odlFuYEO
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 2 de dezembro de 2018
"De cabeça quente é difícil falar. Muitas coisas faltaram. Vou falar uma coisa que muitos não gostam. Não recebi nenhum salário desde que cheguei no Sport. Bem dizer estou pagando para jogar. Nós jogadores fomos guerreiros de brigar até a última rodada para não cair. A próxima gestão tem que ver os erros para não repetirem", afirmou o jogador.
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Jair frisou que a direção chegou a prometer a solução dos salários atrasados, mas não cumpriu os prazos. Para o volante, o fracasso nesta temporada serve de aprendizado para o próximo presidente do Sport. No dia 18 de dezembro, o sócio rubro-negro irá escolher o próximo mandatário para o biênio 2019-2020.
"O pagamento influenciou bastante. Não tivemos aquela tranquilidade, aquele respaldo, mesmo estando sempre juntos, buscando a volta por cima. As coisas que foram prometidas não foram assumidas. O próximo presidente precisa ver o que aconteceu de errado para não repetir. A torcida não merece isso", disse.
PERMANÊNCIA
Insatisfeito, o volante Jair não garantiu a permanência no Sport para o próximo ano. Ele foi contratado no início do segundo semestre depois de se destacar no Juventude. "Tenho contrato até o final de 2019. Agora vou para casa, conversar com meu empresário e a direção para ver o que irá acontecer", finalizou.