Após o rebaixamento na Série A do Brasileirão e a retirada da chapa de situação da candidatura à sequência no comando político do Sport, resta à gestão Arnaldo Barros conviver com as críticas da torcida até o fim do mandato e lidar com os débitos salariais que estão prestes a alcançar quatro meses de atraso. No entanto, também há quem saia em defesa do atual presidente executivo. É o caso do seu antecessor, João Humberto Martorelli, que enxerga o seu antigo vice-presidente como ‘vítima da política do clube’.
Em artigo publicado pelo JC nesta quinta-feira, Martorelli acusa o grupo político derrotado no último pleito de manter o embate e preparar ‘armadilhas’ após o resultado das urnas. “O conjunto de forças derrotado nas últimas eleições, incluídos muitos, quase todos, ex-presidentes, jamais aceitou a vitória de um outsider não ungido por ele, e instalou armadilhas.”
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Para o último ex-presidente do Sport, a torcida rubro-negra e a imprensa esportiva tiveram papel fundamental na diminuição da credibilidade de Arnaldo Barros. “Foram acolhidas (as armadilhas) calorosamente pelas redes sociais e pela crônica esportiva, cuja sobrevivência, naturalmente, passa pela disseminação de polêmicas”, acusa.
Martorelli aponta ainda o bloqueio judicial sobre a receita da venda de Diego Souza, que aponta como ‘acontecimento improvável no mundo dos homens de bem’, como preponderante para interferir no andamento da atual gestão.
PEDIDO AO FUTURO PRESIDENTE
O ex-mandatário conclui com um alerta aos futuros gestores do clube, apontando a união política como condição fundamental para o trabalho à frente do clube. “O Sport só é forte quando está unido.” E orienta ainda que o modelo implementado em sua gestão, continuada por Arnaldo Barros, seja o ideal para o novo presidente. “Diferentemente do que se apregoou ao longo desses dois anos, (o Sport) está saneado, com sua monumental dívida fiscal e trabalhista equacionada”, afirma Martorelli.