Como se não bastasse os fiascos dentro de campo: eliminação da Copa do Brasil para o Ferroviário-CE (Série D), do Pernambucano para o Central (Série B) e rebaixamento à Série B, a temporada 2018 também ficou marcada por duras declarações à atual gestão do clube feitas por pessoas com história dentro clube, caso do treinador Nelsinho Baptista, do volante Rithely e do atacante André.
Um fio condutor em todas as declarações foi a difícil situação financeira do clube, que conviveu a temporada inteira com os atrasos salariais. Muitos profissionais, inclusive, deixaram o clube sem receber seus vencimentos. A exemplo dos técnicos Nelsinho Baptista, Eduardo Baptista e Milton Mendes.
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Confira os principais trechos das declarações:
NELSINHO BAPTISTA
"Tiraram a psicóloga (Aritana Azevedo). Eu não participei de nada a respeito dessa decisão. Outros profissionais também estão sofrendo um terrorismo aqui dentro para sair: Tacão (preparador físico), fisioterapeuta, fisiologista. Como você consegue trabalhar dessa forma. Os problemas em campo são os menores possíveis. O problema mesmo é fora do campo".
"Nós tivemos muitos problemas, só que os jogadores confiam na gente. Com todos esses problemas, nós conversamos com os jogadores, eles foram pro campo e foram pro jogo. Estou no Sport há quatro meses e não recebi uma imagem ainda no Sport. E o pior de tudo, ninguém me dá satisfação. Como você pode ir pra frente assim, com uma diretoria dessa?", declarou o treinador.
RITHELY
"Arnaldo Barros sentou comigo e conversamos, na época que surgiu a especulação de eu ser convocado pra seleção, no amistoso contra a Colômbia, no Rio de Janeiro, que só foram chamados jogadores que atuavam no Brasil. Ele me deu a palavra que não iria me negociar naquele momento, mas que se no meio do ano ou no final da temporada chegasse uma proposta iria me negociar. Deu a palavra dele. Diante disso, renovei o meu contrato até 2022. Chegou o final do ano passado, em dezembro, quando tiveram propostas por mim, e ele não me deu um telefonema. Não falou nada sobre o acordo".
"Essa minha saída poderia ter sido de maneira mais clara e limpa. A maneira como a antiga direção conduziu o negócio foi amadora. Em nenhum momento me comunicaram de nada. Não me diziam o que estava acontecendo. Sempre ouvia por outras pessoas. Isso ocasionou um desgaste comigo e com a torcida. Nunca me falaram a verdade. Quando chegaram as primeiras propostas do Internacional e do Atlético-MG, simplesmente disseram que não iriam me vender e que eu ficaria. Sempre me trataram assim".
ANDRÉ
"Poucas pessoas sabem, mas logo no início eu tive uma conversa com o presidente e todas as pessoas do Sport onde falei abertamente que via que o clube precisava melhorar em vários sentidos e, no final do ano, já havia dito isso. Que não dava pra ficar tapando o sol com a paneira e queria ver o Sport brigando por coisas grandes. E quando me apresentei em janeiro, vi que ia ser a mesma coisa do ano passado, ia ficar escondendo as coisas e falei pro presidente que não ia fazer parte disso. É difícil as pessoas aceitarem quando você fala isso, ficam te julgando, te chamando de mercenário, fala que você virou as costas pro clube, mas não foi isso".
"Também teve a questão financeira. Meu salário era alto pro Sport, já tava três meses sem receber lá e isso estava começando a incomodar. Mas não foi só a questão financeira, mas de carreira também. Estou no meu auge de maturidade, fisicamente, e vi no Grêmio uma possibilidade de crescer. Um clube que estava abrindo as portas para mim. Uma chance de ganhar títulos, tenho o sonho de ganhar o Brasileirão, tenho sonho de ganhar um a Libertadores e vi um time do grêmio muito unido, um time campeão. Então tudo isso pesou. Uma questão de não ver uma coisa grande no Sport e que hoje você pode analisar, ver os resultados e observar que não está acontecendo isso".