O governo inaugurou nesta quarta-feira (22) um trecho de 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, entre as cidades de Palmas (TO) e Anápolis (GO), complementando o segmento que já opera desde 2007 entre Palmas e Açailândia (MA). Durante a inauguração, a presidente Dilma Rousseff disse que a ferrovia funciona como uma “coluna vertebral” do sistema de logística do país, aproximando o interior do litoral para escoamento e distribuição da produção.
“(A ferrovia) é uma coluna vertebral que vai permitir que um estado como Goiás, que é o do interior, seja estado perto do mar, dos navios. Ela coloca o litoral aqui, transforma Goiás num polo logístico, porque será crucial para articular todos os sistemas de trasporte do Brasil, tanto os que se dirigem ao Sul, quanto aqueles que se destinarão ao Norte”, avaliou.
Dilma elogiou o senador e ex-presidente José Sarney – responsável pela concepção e início da construção da Norte-Sul, há 27 anos. A demora na continuidade da linha férrea, segundo Dilma, se deve a um período em que o projeto não recebeu investimentos.
“Tivemos grandes dificuldades, primeiro porque no período anterior não havia uma prateleira na qual você chegasse e pegasse um projeto pronto e licitasse, tinha que começar do nada”, explicou. “Se fomos capazes de fazer o trecho original, construiremos o trecho que nós mesmos projetamos”, acrescentou Dilma, em referência à próxima parte da linha férrea, que ligará Anápolis a Estrela do Oeste (SP), que já está em construção. Quando o projeto da Norte-Sul foi retomado, em 2007, Dilma era ministra-chefe da Casa Civil.
A etapa da Norte-Sul inaugurada nesta quinta atravessa 34 municípios e demandou a construção de 35 pontes, 36 viadutos e dois túneis. A obra teve investimentos de R$ 4,2 bilhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).