A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (19) que nos primeiros 19 dias do ano 17 detentos morreram no 50 presídios do estado.
Leia Também
- Rio Grande do Norte começa a transferir presos de Alcaçuz para retomar controle do presídio
- Batalhão de Choque entra em Alcaçuz para transferência de presos
- Governadores pedem presença das Forças Armadas nos presídios e nas fronteiras
- Presídio do interior do RN tem rebelião em represália à transferência de presos
- Crise nos presídios deixa ministro da Justiça na berlinda
- Detentos iniciam novo confronto no Presídio de Alcaçuz
Uma nota da Seap informa que foram abertas sincdicâncias internas para apurar todos os casos. Além disso, os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) que vai investigar a causa da morte.
Mais cedo, a Seap havia divulgado nota informando que na última segunda-feira (16), um detento foi encontrado morto em sua cela, no Complexo Penitenciário de Gericinó, mais conhecido como Bangu. De acordo com a Seap, inspetores de segurança e administração penitenciária da Cadeia Pública Pedro Melo da Silva foram chamados à cela por presos que diziam que Diego Maradona Silva Souza estava passando mal.
Ao chegarem, os agentes constataram que Diego estava morto. A causa da morte depende de um laudo do Instituto Médico Legal (IML). "Cabe ressaltar que o interno estava com outros cinco detentos em uma cela, chamada "seguro", separada dos demais internos desta unidade. Os outros companheiros de cela também estavam no seguro", diz a nota da Seap.
"Ele era um preso provisório e a quantidade de presos provisórios morrendo é imensa. As piores unidades prisionais são as de presos provisórios, porque estão mais superlotadas", disse o coordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário da Defensoria Pública do Estado, Marlon Barcelos.
Greve dos agentes penitenciários
A morte ocorreu um dia antes do início da greve dos agentes penitenciários, na terça-feira. O movimento manteve apenas serviços essenciais nas prisões, como a alimentação, o atendimento médico de emergência e o cumprimento de alavarás de soltura.
A previsão inicial era de que a greve iria se estender até a próxima segunda-feira (23), mas uma decisão judicial na noite de ontem determinou que movimento seja encerrado. A Agência Brasil ainda não conseguiu entrar em contato com o Sindicato dos Servidores do Sistema Penal para comentar a decisão.