VIOLÊNCIA

Crise de segurança no Espírito Santo chega ao sexto dia

No início da manhã desta quinta-feira (9), as ruas de Vitória apresentam mais uma vez pouca movimentação

Estadão Conteúdo
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Publicado em 09/02/2017 às 9:33
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No início da manhã desta quinta-feira (9), as ruas de Vitória apresentam mais uma vez pouca movimentação - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A crise na segurança pública no Espírito Santo chega nesta quinta-feira (9), ao sexto dia com a população ainda com sensação de insegurança. No início desta manhã, as ruas de Vitória apresentam mais uma vez pouca movimentação. Os ônibus urbanos voltaram a circular, mas com frota reduzida e intervalos maiores, de uma hora.

Até o fim da tarde desta quinta-feira (9), mais 650 homens do Exército e da Força Nacional de Segurança devem chegar ao Estado, elevando o contingente para 1.850. O governo estadual informou que são necessários pelo menos 2 mil homens para fazer a segurança em todo o Espírito Santo. Em circunstâncias normais, esse é o contingente diário apenas na Grande Vitória.

Depois de ficarem parados na quarta-feira (8), os ônibus voltaram a circular parcialmente nesta quinta na Grande Vitória. Apenas as linhas troncais, que ligam os terminais rodoviários - são dez no total -, estão funcionando. Alguns desses terminais, porém, ainda estavam sem movimento por volta das 9h. Sem a presença de soldados do Exército nos locais, alguns motoristas se recusam a iniciar as viagens. As linhas funcionarão em horário reduzido, até às 18h. 

Aulas suspensas e comércio funciona parcialmente no Espírito Santo

As aulas seguem suspensas, e o comércio funciona parcialmente. A situação é um pouco melhor do que aquela vista no início da semana, mas a população ainda está com medo. Mesmo com o reforço na segurança com tropas federais, o patrulhamento nas ruas é pequeno. 

No início da manhã desta quinta, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, declarou em entrevista ao telejornal "Bom Dia ES", da TV Gazeta, que a situação "está melhorando", mas admitiu que sensação de insegurança deverá perdurar por mais alguns dias.

"Mesmo com a presença da Polícia Militar (após o fim da paralisação), vai haver essa sensação de insegurança", afirmou. "A Polícia Militar vai precisar recuperar a sua imagem, que foi jogada na lama." 

Durante a madrugada, a sede da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo na Ilha de Monte Belo, em Vitória, foi atingida por quatro disparos. Os tiros foram dados em direção a um auditório. Ninguém estava no local no momento.

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