Desistência

Suzane desiste de curso em faculdade com custeio do Fies

De acordo com o FNDE, Suzane von Richthofen não concluiu o processo de habilitação para o curso, cujo a inscrição terminou nesta segunda-feira

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Publicado em 21/02/2017 às 21:41
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De acordo com o FNDE, Suzane von Richthofen não concluiu o processo de habilitação para o curso, cujo a inscrição terminou nesta segunda-feira - FOTO: Reprodução/Internet
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A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais em 2002, desistiu de usar o financiamento do governo federal para estudar em uma universidade privada. Ela teve o custeio do estudo aprovado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no último dia 13, mas não concluiu o processo de habilitação, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O prazo para confirmar a inscrição em curso superior terminou à meia-noite de segunda-feira (20).

Suzane havia pleiteado uma das vagas no curso noturno de Administração da Faculdade Dehoniana, uma instituição católica de Taubaté. Para conseguir o Fies, ela usou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prestado na penitenciária de Tremembé, onde cumpre prisão em regime semiaberto. Nesse regime, ela teria direito a deixar a prisão durante o período destinado ao estudo. Isso porque o curso é presencial. Com a nota 675,08 que obteve no Enem, ela poderia financiar integralmente o curso, que tem mensalidade de R$ 496. O valor seria pago após a conclusão do curso.

A instituição informou que a candidata não confirmou a inscrição para o curso e a vaga destinada a ela não está mais disponível. Em abril de 2016, Suzane já havia sido autorizada pela Justiça a fazer o curso superior de Administração, mas manifestou receio do assédio e pediu para fazer a modalidade de ensino a distância

Como não havia recurso tecnológico e equipamentos, o curso não foi autorizado. Desta vez, embora tivesse o custeio garantido pelo Fies, Suzane não chegou a pedir autorização à Vara de Execuções Criminais para estudar fora da prisão. Procurado, o defensor público de Suzane informou que não se manifestaria.

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