Autoridades brasileiras investigavam a morte de seis presos em uma penitenciária de Manaus, no Amazonas, local onde houve uma rebelião no início deste ano.
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As mortes ocorreram na sexta-feira (7), na Unidade Prisional de Puraquequara, nos arredores de Manaus, e "não houve nenhum motim ou rebelião", explicou a Secretaria que administra as prisões do Amazonas, que não detalhou como morreram os presos. O seis mortos estavam em celas separadas, exceto dois deles, que dividiam o mesmo espaço, detalhou a Secretaria. A polícia estava interrogando "detentos que residem nas celas onde ocorreram os crimes", acrescentou.
Crise carcerária
A guerra pelo controle do tráfico de cocaína entre facções rivais deixou cerca de 140 mortos nas prisões do Brasil desde o início do ano, muitos deles decapitados. Os principais massacres aconteceram em Manaus (56 mortos), Roraima (33 mortos), e Natal (26 mortos).
O Brasil, com 622.000 presos em 2.766 unidades, tem a quarta maior população carcerária do mundo, segundo dados oficiais. A superpopulação nas prisões, muitas vezes insalubres e que operam em 167% de sua capacidade, é vista pelos especialistas como uma situação propícia para o domínio do tráfico, que tem nos presídios seus centros de operação.