Violência no Rio

Jungmann: não houve vazamento em operação conjunta feita no Rio

Ministro afirmou que caso suspeita se confirme os responsáveis serão enviados à Justiça. Operação foi deflagrada nesta segunda em oito comunidades do Rio

Agência Brasil
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Publicado em 21/08/2017 às 21:32
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Ministro afirmou que caso suspeita se confirme os responsáveis serão enviados à Justiça. Operação foi deflagrada nesta segunda em oito comunidades do Rio - FOTO: Foto: ABr
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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira (21) que não houve vazamento de informações na operação integrada das forças de segurança que foi desencadeada nesta segunda-feira em oito comunidades do Rio de Janeiro. “Não [houve vazamentos], se identificarmos e forem identificados, os senhores [jornalistas] vão saber, porque vamos enviar para a Justiça os responsáveis”, disse o ministro, em entrevista, no Centro Integrado de Comando e Controle, na região central do Rio.

A ação faz parte do plano federal de segurança para o estado do Rio e reuniu as polícias estaduais, federais e as Forças Armadas. No final da manhã de hoje, a operação conjunta havia prendido 16 pessoas. Os policiais cumpriram ordens judiciais em sete comunidades da zona norte do Rio de Janeiro: Jacarezinho, Alemão, Manguinhos, Mandela, Bandeira Dois, Parque Arará, além do Condomínio Morar Carioca.

Um soldado foi preso por suspeita de vazamento das ações que foram desenvolvidas nas operações feitas, no dia 5 de agosto, no conjunto de favelas do Lins, na zona norte do Rio, e, na última quarta-feira (16),  em Niterói, na região metropolitana. Jungmann explicou que o nível da patente do militar era insuficiente para que ele tivesse acesso às informações de inteligência empregadas nas operações.

“Um soldado, exatamente pela sua posição, não tem informações estratégicas, ou seja, a capacidade dele de trazer prejuízos é extremamente limitado e toda vez que isso acontecer, fica aqui um aviso: Nós estamos alertas. Nós estamos integrados e nós vamos levar à Justiça todo e qualquer vazamento e qualquer pessoa que seja responsável sobre isso”, disse.

Efeito mínimo

Apesar de considerar o efeito mínimo, o ministro admitiu que é ruim ocorrer vazamentos, mas, ressaltou que no universo dos efetivos envolvidos nas quatro operações, que ultrapassou 30 mil homens, o reflexo é reduzido. “É realmente algo que não tem impactos maiores considerando o tamanho, a dimensão, a magnitude e os resultados dessas operações”, disse, acrescentando que, até o momento, não há informação de envolvimento de outras pessoas em vazamentos.

De acordo com o ministro, uma operação como a de hoje que, envolveu efetivos em torno de 7 mil homens e mulheres, tem sempre que conviver com o risco do vazamento, no entanto, indicou que uma situação como essa pode ser logo identificada pela área de inteligência. “No caso do soldado que, hoje se encontra detido em uma unidade militar, nós tínhamos conhecimento. É de fato um bom resultado da inteligência integrada. Tanto a polícia tinha conhecimento desse fato como também a inteligência das Forças Armadas tinham confirmado que ele passava informação. [O soldado] foi detido e entregue à polícia para que responda e sejam apurados os seus crimes”, disse Jungmann.

O ministro destacou que o protocolo de acesso às informações sobre as operações é dividido conforme as categorias dos envolvidos nas ações. Em primeiro lugar implica nível de comando e controle, que é totalmente fechado e segregado, onde, segundo ele, não existe qualquer vazamento. “Existisse vazamento, aí nós teríamos identificado e o responsável estaria nas mãos da Justiça”, disse. No segundo estágio das informações estão os comandantes, que em campo vão conduzir as operações. Neste nível também não ocorreu vazamento e nem em níveis de comandos inferiores.

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