O governo brasileiro rejeitou nesta terça-feira (29) um estudo ambiental da francesa Total para buscar petróleo na foz do rio Amazonas e ameaçou pôr fim ao processo de emissão de licença caso não tenha garantias sobre o impacto da prospecção em uma barreira de coral.
"A modelagem de dispersão de óleo, por exemplo, não pode deixar qualquer dúvida sobre os possíveis impactos no banco de corais e na biodiversidade marinha de forma mais ampla", explicou em um comunicado o Ibama.
O documento, assinado na noite de segunda-feira (28), adverte que, "em face de o Ibama já ter realizado neste processo de licenciamento três reiterações do pedido de complementação do estudo ambiental, caso o empreendedor não atenda os pontos demandados pela equipe técnica mais uma vez, o processo de licenciamento será arquivado".
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Denúncias
Os projetos da Total foram denunciados por organizações ecologistas dentro e fora do Brasil, entre elas o Greenpeace, que realiza uma campanha internacional.
A ONG garante que o projeto de exploração petroleira, liderado pela Total em associação com a britânica BP e com a Petrobras, coloca em risco um arrecife de coral descoberto em 2016 em frente ao litoral nordestino, onde o Amazonas desemboca no oceano Atlântico.
A Total negou as acusações em uma carta enviada ao Greenpeace no dia 8 de fevereiro, onde assegurou que o poço mais perto fica a 28 km do arrecife e que investigações públicas confirmaram a ausência de impactos.