Segurança no Rio

Alto comando do Exército se reúne para debater decreto de intervenção

Decreto foi costurado entre o presidente Michel Temer, governador do Rio e ministros ao longo da madrugada desta sexta-feira

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Publicado em 16/02/2018 às 9:35
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Decreto foi costurado entre o presidente Michel Temer, governador do Rio e ministros ao longo da madrugada desta sexta-feira - FOTO: Foto: ABr
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O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, participará daqui na manhã desta sexta-feira, 16, para discutir como executar esse decreto de intervenção no Rio de Janeiro. Diversos integrantes do Alto Comando participarão desta reunião de preparação de atuação das Forças Armadas no Rio.

Com o decreto, o Comandante Militar do Leste (CML), general Walter Braga Netto, assumirá o controle da segurança do Rio. A sede do CML fica na capital fluminense.

Não se trata de uma típica intervenção federal, onde o governador é afastado, mas uma intervenção em que apenas a área de segurança passará ao controle do governo federal. Com este decreto, o comandante militar do Leste poderá afastar os comandantes das Polícias Militar e Civil, mas ainda não há decisão sobre o que será feito.

O secretário de segurança do Rio, Roberto Sá, também deverá ser afastado do cargo. O general Braga está vindo para Brasília a fim de participar de uma reunião sobre a intervenção e receber as orientações de como será desenvolvido o trabalho. Além da PM, o Corpo de Bombeiros e o setor penitenciário ficarão sob o comando dele.

Previsão

A previsão é que o decreto determine a intervenção até o final de 2018. A ideia inicial é que a tropa das Forças Armadas saia às ruas para tentar coibir a violência e oferecer um tipo de sensação de segurança à população.

Os militares não gostam deste tipo de atuação, mas cumprem ordens. Sabem dos riscos deste tipo de missão e estavam se sentindo muito mal com as críticas à sua atuação no Estado. Agora, ficarão com a responsabilidade de combater o crime organizado.

Consideram que será uma missão muito difícil, ainda mais tendo na colaboração de trabalho uma PM com tantos problemas, inclusive de corrupção, embora também reconheçam que existem exceções. Toda a operação ainda está em discussão.

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