Escândalo

Diretor UNAIDS Brasil renuncia após acusação de abuso sexual

Luiz Loures foi acusado de ter abusado sexualmente de uma colega, mas foi absolvido em investigação interna das Nações Unidas

AFP
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Publicado em 23/02/2018 às 9:37
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Luiz Loures foi acusado de ter abusado sexualmente de uma colega, mas foi absolvido em investigação interna das Nações Unidas - FOTO: Foto: ONU News
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O diretor-adjunto da UNAIDS Brasil, o brasileiro Luiz Loures - acusado de ter abusado sexualmente de uma colega, mas absolvido em uma investigação interna das Nações Unidas - anunciou nesta sexta-feira (23) que renunciará ao cargo.

Luiz Loures "comunicou ao diretor-executivo da UNAIDS, seu desejo de não se candidatar para a renovação do cargo", disse a agência em um comunicado.

Loures "terminará suas funções como diretor-executivo-adjunto no final de março de 2018", acrescentou.

O porta-voz da UNAIDS, Mahesh Mahalingam, disse à imprensa em Genebra que a decisão de Loures não tem relação com as acusações e destacou que ele foi absolvido dessas irregularidades na investigação interna da ONU.

Uma subordinada apresentou uma denúncia formal, alegando que Loures a assediou sexualmente desde seu início no organismo em 2011 e, depois, concretizou o abuso no elevador de um hotel de Bangcoc em 2015, onde a UNAIDS estava organizando uma conferência.

A investigação interna realizada pelo Escritório de Serviços de Supervisão Interna (IOS, na sigla em inglês), da Organização Mundial de Saúde (OMS), concluiu que não havia provas suficientes para apoiar as acusações.

Ativistas e especialistas legais questionaram, porém, a credibilidade da investigação, insistindo em que não foram consideradas evidências circunstanciais importantes.

Outras polêmicas

O diretor da UNAIDS, Michel Sidibé, foi acusado pelo IOS de tentar abafar o caso, mesmo se tratando de uma investigação oficial.

A decisão de Loures de pedir para sair acontece um dia depois de o subdiretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Justin Forsyth, ter renunciado ao cargo, após ser acusado de ter conduta inadequada com mulheres, quando trabalhava na organização britânica Save The Children.

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