OPERAÇÃO FREEDOM

Subtenente do Exército é preso em operação contra milícia no Rio

O subtenente dava ordem para a organização criminosa e ainda recebia dinheiro que vinha dos serviços oferecidos pela milícia. Mais 13 pessoas foram presas suspeitas de integrar a quadrilha

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Publicado em 02/08/2018 às 16:37
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O subtenente dava ordem para a organização criminosa e ainda recebia dinheiro que vinha dos serviços oferecidos pela milícia. Mais 13 pessoas foram presas suspeitas de integrar a quadrilha - FOTO: Foto: Reprodução/Agência Brasil
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A operação da Polícia Civil de Itaguaí, deflagrada na manhã desta quinta-feira (2), contra milicianos resultou na prisão de 13 pessoas suspeitas de compor uma quadrilha que atuava no próprio município e nas redondezas. Um dos detidos é o subtenente do Exército Marco Antônio Cosme, responsável por dar ordens para a organização criminosa e por receber o dinheiro que vinha das extorsões e dos serviços oferecidos pela milícia.

A Operação Freedom também tem como alvo o policial ativo Antônio Carlos de Lima, afastado da corporação por licença médica, e o ex-sargento da Polícia Militar (PM), Carlos Eduardo Benevides. Lima é apontado como o braço-direito do chefe da quadrilha, Wellignton da Silva Braga, o Ecko – preso há um mês e meio durante as investigações.

"Liga da Justiça"

A polícia encontrou armas, uma espada e um porrete na casa de Lima e uma camisa da Liga da Justiça – nome do grupo enquanto atuava em Campo Grande, zona oeste do Rio – na casa de Benevides. Ambos estão foragidos.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Moisés Santana, o grupo é audacioso, violento e agia, inclusive, se apropriando de terrenos e casas para alugar para terceiros ou vender. “Tem alguns conjuntos habitacionais, espécie Minha Casa Minha Vida, em que eles entraram e expulsaram os moradores e colocaram novos moradores que pagam taxas a eles”, disse.

A investigação, que já dura cerca de três meses e meio, iniciou-se após denúncias de moradores da região que relataram as constantes extorsões que sofriam pelo grupo.

Segundo a Polícia Civil, o grupo movimenta grandes montantes de dinheiro em razão dos diversos serviços que oferece, como rede de internet e TV a cabo, botijão de gás, galões de água e cestas básicas, e também pelas taxas que cobravam dos moradores e comerciantes da região.

As taxas variavam de R$30 a R$1 mil, dependendo das condições econômicas de cada um. Os valores eram cobrados em troca de uma suposta segurança que seria oferecida pela quadrilha.

A operação tem o objetivo de cumprir 42 mandados de prisão e 87 mandados de busca e apreensão. Os procurados são acusados de integrar a quadrilha que atua nos bairros de Campo Grande, Cosmos, Santa Cruz, Paciência e na cidade de Itaguaí, Região Metropolitana do Rio. Os criminosos são investigados por diversos crimes, como homicídios, adulteração de veículos, receptação, porte de armas, roubos e tráfico de drogas.

Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) informou que colaborou com as investigações e que o subtenente está preso e à disposição da Justiça Comum.

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