A Suprema Corte dos Estados Unidos suspendeu nesta quarta-feira as execuções de três condenados à morte em Oklahoma, à espera da revisão do procedimento de injeção letal desse estado do sul do país.
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O procedimento será avaliado em abril.
A execução do assassino condenado Richard Glossip estava prevista para esta quinta-feira. Ele seria executado com um coquetel de três drogas, entre elas o midazolam.
A combinação foi usada em uma execução nesse estado, em abril do ano passado, e deixou o condenado vivo por mais de 40 minutos, segundo testemunhas.
Na semana passada, a Suprema Corte admitiu o caso de Glossip e de outros dois reclusos. Os três alegam que os métodos das execuções violam a proibição constitucional de se aplicar castigos cruéis e incomuns.
O midazolam é um anestésico sem aprovação da FDA, a agência americana que regula o setor de remédios e alimentos.
Hoje, a instância máxima da Justiça americana declarou que as "execuções, nas quais se utiliza o midazolam, estão suspensas, pendentes da disposição final para este caso".
O próprio governo de Oklahoma pediu o adiamento das execuções até que a corte chegue a uma sentença.
O caso deve ser examinado em abril e decidido até final de junho. A sentença final poderá afetar todas as execuções, nas quais o midazolam é usado.
Em 2008, a Suprema Corte determinou que as injeções letais eram constitucionais, mas, desde então, a maioria dos estados mudou os protocolos, devido à escassez dos produtos utilizados no passado.