Impasse

Reino Unido considera "inaceitável" embargo a petroleiras que atuam nas Malvinas

No último sábado (27), a juíza Lilian Herraez, de Rio Grande (na Terra do Fogo), mandou embargar US$ 156 milhões em ativos das companhias, considerando ilegal a exploração na região

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Publicado em 29/06/2015 às 21:15
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O governo inglês elevou o tom contra a decisão da Justiça argentina de embargar os bens de petroleiras que exploram petróleo no litoral das Ilhas Malvinas.

No último sábado (27), a juíza Lilian Herraez, de Rio Grande (na Terra do Fogo), mandou embargar US$ 156 milhões em ativos das companhias, considerando ilegal a exploração na região.

O pedido foi direcionado às empresas britânicas e americanas FOGL (Falkland Oil and Gas Limited), Edison International, Noble Energy e sua filial Noble Energy Falkland Limited, Premier Oil e Rockhopper Exploration.

Elas formam um consórcio que começou a explorar, em março, um campo situado a cerca de 200 quilômetros das Ilhas. Controladas pelo Reino Unido, as Ilhas Malvinas são uma reivindicação histórica da Argentina.

Nesta segunda (29), o representante do Ministério de Relações Exteriores inglês para a América Latina, Hugo Swire, afirmou que a iniciativa tem "motivação política" e a considerou inaceitável.

"É uma decisão motivada politicamente, uma tentativa totalmente inaceitável de exercer jurisdição extra-territorial e sem qualquer justificativa legal ", informou Swire.

Ele disse ainda que se trata de "uma campanha inaceitável das autoridades argentinas de estrangular a indústria de hidrocarburos das Ilhas Falklands [nome inglês para o território]" e que a decisão judicial tem "implicações perigosas para os negócios globais".

O Reino Unido alega que a Justiça argentina não poderia decidir sobre ações realizadas fora do território argentino.

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