O governo inglês elevou o tom contra a decisão da Justiça argentina de embargar os bens de petroleiras que exploram petróleo no litoral das Ilhas Malvinas.
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No último sábado (27), a juíza Lilian Herraez, de Rio Grande (na Terra do Fogo), mandou embargar US$ 156 milhões em ativos das companhias, considerando ilegal a exploração na região.
O pedido foi direcionado às empresas britânicas e americanas FOGL (Falkland Oil and Gas Limited), Edison International, Noble Energy e sua filial Noble Energy Falkland Limited, Premier Oil e Rockhopper Exploration.
Elas formam um consórcio que começou a explorar, em março, um campo situado a cerca de 200 quilômetros das Ilhas. Controladas pelo Reino Unido, as Ilhas Malvinas são uma reivindicação histórica da Argentina.
Nesta segunda (29), o representante do Ministério de Relações Exteriores inglês para a América Latina, Hugo Swire, afirmou que a iniciativa tem "motivação política" e a considerou inaceitável.
"É uma decisão motivada politicamente, uma tentativa totalmente inaceitável de exercer jurisdição extra-territorial e sem qualquer justificativa legal ", informou Swire.
Ele disse ainda que se trata de "uma campanha inaceitável das autoridades argentinas de estrangular a indústria de hidrocarburos das Ilhas Falklands [nome inglês para o território]" e que a decisão judicial tem "implicações perigosas para os negócios globais".
O Reino Unido alega que a Justiça argentina não poderia decidir sobre ações realizadas fora do território argentino.