O WikiLeaks, organização que vazou documentos sigilosos do governo americano e de outros países, revelou, nesta quarta-feira (21), uma série de e-mails do atual diretor da CIA, a agência de inteligência americana.
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Os documentos datam de 2008, quando John Brennan era funcionário da Casa Branca, e de antes, quando ele trabalhava na iniciativa privada. Ele assumiu a CIA em 2013.
O WikiLeaks disse que esta é a primeira leva de vazamentos.
As análises preliminares do conteúdo revelado não sugeriram haver informação sensível.
Nas correspondências, segundo o WikiLeaks, Brennan faz recomendações a quem quer que assumisse a Casa Branca em 2009 para estreitar relações com o Irã.
Entre as sugestões, estão "baixar o tom da retórica" e dispensar intermediações como a da Suíça, em favor de "um diálogo direto com Teerã".
O hoje diretor da CIA também recomendava ao sucessor de George W. Bush "perseguir passos realistas e mensuráveis".
Neste ano, o presidente Barack Obama e outras potências firmaram um acordo com o Irã que prevê a redução de enriquecimento de urânio pelo país persa em troca da retirada de sanções ocidentais.
A correspondência publicada pelo WikiLeaks teria sido obtida por um estudante que supostamente conseguiu burlar o sistema da operadora Verizon para ter acesso à conta pessoal de Brennan.
Em nota, a CIA chamou a invasão de "crime", e a família Brennan de "vítima". "O ataque é algo que poderia ter acontecido com qualquer um e deveria ser condenado, não promovido", afirmou a agência, que minimizou a relevância do conteúdo.
"Na verdade, parece que são documentos que qualquer cidadão com interesses em segurança nacional e expertise poderia produzir."