Repelente natural

Cheiro de galinha afasta mosquito que transmite malária

A explicação são as exalações químicas "que fazem com que o mosquito da malária seja repelido pelo cheiro da galinha"

AFP
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Publicado em 26/07/2016 às 19:24
Foto: Carlos Alberto/ Imprensa MG
A explicação são as exalações químicas "que fazem com que o mosquito da malária seja repelido pelo cheiro da galinha" - FOTO: Foto: Carlos Alberto/ Imprensa MG
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Cientistas etíopes descobriram que o cheiro de galinha repele eficazmente o mosquito que transmite a malária, abrindo o caminho para o desenvolvimento de novas ferramentas de prevenção desta doença endêmica, segundo um estudo publicado nesta terça-feira na revista médica Malaria Journal.

A equipe dirigida por Habte Tekie, professor de entomologia na Universidade de Adís Abeba, constatou durante seus trabalhos que o mosquito Anopheles arabiensis, vetor da malária, pica seres humanos e gado, mas se mantém longe das galinhas, que raramente são picadas.

A explicação são as exalações químicas "que fazem com que o mosquito da malária seja repelido pelo cheiro da galinha", afirma Tekie, cujo estudo mostra que "a composição (química) da galinha tem um forte potencial de repulsão".

A hipótese dos cientistas é que o mosquito considera a galinha como um predador suscetível de comê-lo e procura evitá-la.

Os trabalhos realizados em três aldeias da região de Oromo, no oeste etíope, consistiram em pendurar jaulas com galinhas em algumas casas. Pela manhã, as armadilhas para mosquitos estavam vazias, ao contrário daquelas situadas nas casas onde não foram colocadas galinhas.

Para evitar dormir com galinhas penduradas em cima da cama, os cientistas etíopes repetiram a experiência com frascos que continham extrato de cheiro de galinha, e observaram o mesmo resultado. 

A equipe etíope trabalha em colaboração com uma universidade sueca para desenvolver e testar a melhor essência sintética possível deste repelente.

A malária afeta quase 200 milhões de pessoas no mundo e provoca até 755.000 mortes por ano, principalmente na África, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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