Europa, Ásia Central e o Cáucaso erradicaram em 2015 a malária, doença que estas regiões já haviam vencido uma primeira vez mas que retornaram nos anos 1990, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Nestas áreas, que correspondem à "região Europa" da OMS, o número de casos autóctones (transmitidos localmente e não importados por pacientes procedentes de outros países) caiu de 90.712 casos a zero no espaço de 20 anos.
A malária, doença que provoca febre, dor de cabeça, tremores e vômitos, afetou 214 milhões de pessoas no mundo e matou 438.000 pessoas em 2015, segundo a agência da ONU.
"Os anos de 2011 e 2012 viram um ressurgir da malária, na Geórgia (casos isolados) e na Grécia e Turquia (epidemias localizadas) pela importação de países onde a doença é endêmica (Afeganistão, Índia e Paquistão)", explicou a OMS.
"Este ressurgimento foi contido e em 2014 a transmissão autóctone estava confinada ao Tadjiquistão", recordou a organização.
Esta é a segunda vez que Europa, Ásia Central e Cáucaso vencem a doença. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, a malária era endêmica em quase todo o sul do continente europeu, de Portugal a Grécia, até que os avanços na área da saúde conseguiram erradicá-la da região. O último caso foi registrado na Iugoslávia em 1974.
Mas nos anos 80 e 90, a doença retornou, acompanhando os refugiados que escapavam das guerras no Afeganistão e Iraque.
Atualmente, a doença potencialmente fatal provocada pela picada de um mosquito afeta principalmente a África Subsaariana, onde em 2015 foram registrados 72% dos casos e 88% das mortes por malária.
Na região das Américas, as taxas de mortalidade por malária caíram 72% desde o ano 2000.