Nos seis meses seguintes ao lançamento da lista europeia dos "mais procurados", as polícias de diferentes países rastrearam e prenderam 14 foragidos, a maioria graças a denúncias anônimas, informaram nesta sexta-feira (29) as autoridades.
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"Em ao menos oito dos casos, as pistas vindas por uma plataforma da internet tiveram um papel direto para podermos encontrar os fugitivos", disse em um comunicado a Europol, a agência policial da União Europeia (UE).
Depois dos atentados de Paris em 13 de novembro de 2015, que deixaram 130 mortos, as diversas polícias da UE receberam críticas pela falta de ações conjuntas.
Entre os presos está Salah Abdeslam, acusado formalmente pelos atentados de Paris, e Ibrahim Abrini, irmão de Mohamed Abrini, suposto envolvido nos ataques de 13 de novembro e no de março, em Bruxelas.
Nestas duas prisões a plataforma da web não teve um papel fundamental, mas ela já conta com milhões de acessos desde o seu lançamento em 29 de janeiro.
Muitos suspeitos de alto perfil foram localizados após ficarem foragidos durante anos.
Em fevereiro, o romeno Gregorian Bivolaru, um homem de 64 anos, líder e guru de uma associação chamada Movimento de Integração Espiritual em Absoluto (Misa) foi preso em uma livraria de Paris, após anos foragido.
Bivolaru, que defende ser um "professor de ioga e mentor espiritual", enfrenta acusações por abuso de menores e posse de pornografia infantil, crimes que supostamente ocorreram entre 2002 e 2004.
Na lista dos mais buscados também estava um belga que foi rastreado no Gabão, um polonês que estava em Malta ao ser preso e um sueco que foi localizado no Reino Unido.
O italiano Ernesto Fazzalari, um homem de 46 anos que supostamente tem um alto cargo a máfia, foi rastreado no mês passado em uma localidade remota de seu país, após ficar foragido durante duas décadas, assinalaram informações da imprensa.
"Muitos dos suspeitos da lista foram pegos em diferentes países europeus", disse à AFP a porta-voz da Europol, Tine Hollevoet, que destacou os benefícios da cooperação.
Da lista original de seis meses atrás, que continha 45 suspeitos, 28 permanecem foragidos, e por isso Hollevoet pediu com urgência à população que olhe a página, já que alguns nomes foram acrescentados.
"Nunca se sabe se uma pessoa vai reconhecer alguém", assinalou.
Na lista, cada corpo policial nacional pode colocar dois nomes e uma vez que estes suspeitos são localizados, acrescenta-se um novo perfil.