ESPANHA

Milhares de separatistas vão às ruas na Catalunha

Depois de cinco anos de reivindicações, os separatistas têm pressa

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Publicado em 11/09/2016 às 16:55
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Depois de cinco anos de reivindicações, os separatistas têm pressa - FOTO: PAU BARRENA / AFP
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Milhares de catalães participaram neste domingo (11) de várias manifestações separatistas organizadas por toda a Catalunha por ocasião da Diada, a festa "nacional", para reivindicar dos políticos locais unidade e rapidez em seu plano para deixar a Espanha.

Em Barcelona, uma multidão de amarelo, vermelho e azul - as cores da bandeira separatista - lotou um longo passeio que fica próximo ao Parlamento catalão. É nessa Casa que os deputados separatistas desenvolvem seu programa separatista dessa região com 7,5 milhões de habitantes, localizada no nordeste da Espanha.

Previsto para culminar em meados de 2017, o processo avança mais lentamente do que o esperado, devido às divisões entre os diferentes partidos.

Agora, porém, "devem ser tomadas decisões críticas", garantiu o presidente regional, Carles Puigdemont.

"É o momento de estarmos todos unidos pelo 'sim' à República Catalã", defendeu em seu discurso Jordi Sánchez, o presidente da ANC, uma influente associação civil que organizou os protestos.

Depois de cinco anos de reivindicações, os separatistas têm pressa.

"Esperamos que essa Diada seja a última antes de sermos independentes", disse Carmen Santos, de 58 anos, na marcha de Barcelona.

"Os políticos dizem que estamos perto, mas queremos ver isso já", declarou Xavier Vallvé, de 60.

"É um pouco lento. Precisa acelerar isso", concordava Óscar Calderó, de 48.

Desde 2012, a ANC e a Omnium Cultural organizam mobilizações em massa na Diada. Em 2013, conseguiram organizar uma corrente humana de 400 km e, em 2014 e em 2015, gigantescas concentrações em Barcelona.

Este ano, os manifestantes também se reuniram em Tarragona (sul), Lleida (leste), Berga (centro) e Salt (norte), além do já tradicional ato na capital. Segundo as diferentes polícias locais, os atos reuniram cerca de 800 mil pessoas, contra 1,4 milhão em 2015.

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