O Pentágono confirmou nesta sexta-feira (4) a morte do emir Farouq al-Qahtani, principal líder da Al-Qaeda no Afeganistão, durante um ataque aéreo americano no mês passado, no mais duro golpe recente contra o grupo, que tenta se restabelecer no país.
"Este ataque bem sucedido é mais um exemplo das operações de Estados Unidos para degradar as redes terroristas internacionais e tomar como alvo líderes terroristas que buscam atingir a pátria americana, nossos interesses e nossos aliados no exterior", disse o porta-voz do departamento de Defesa, Peter Cook.
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Al-Qahtani foi morto no dia 23 de outubro, em Kunar.
Cook disse que outro líder da Al-Qaeda no Afeganistão, Bilal al-Utabi, foi alvo de um segundo ataque, cujo resultado é desconhecido.
No final de outubro, a Direção Nacional de Segurança (NDS) afegã informou que "Farouq al-Qahtani, Bilal al-Utabi e um terceiro membro do grupo morreram em um ataque da coalizão na província de Kunar".
O ataque foi realizado com drones, que dispararam vários mísseis contra dois prédios separados, onde estavam os alvos.
Ao menos 15 rebeldes morreram no ataque, incluindo dois árabes e vários combatentes talibãs paquistaneses, segundo o porta-voz provincial Abdul Ghani Mosamem.
Um oficial americano qualificou a operação como a "mais importante contra a Al-Qaeda em muitos anos".
"Eles são os líderes mais importantes da Al-Qaeda no Afeganistão. Sua morte representaria um sério revés para o grupo terrorista", disse na ocasião Peter Cool, do serviço de imprensa do Pentágono.
Perseguição
Os Estados Unidos perseguiam Al-Qahtani - ligado ao finado líder Osama Bin Laden - há vários anos.
Al-Qahtani era apontado como o organizador e financiador dos ataques contra as forças da coalizão no Afeganistão, assim como no sudeste da Ásia e no Ocidente.
Já Al-Utabi era considerado o responsável por "converter o Afeganistão em uma retaguarda segura a partir de onde ameaçaria o Ocidente, e por supervisionar o recrutamento e o treinamento dos combatentes estrangeiros", segundo Peter Cook.
Al-Qahtani havia sido localizado em 2012, mas o ataque para eliminá-lo foi cancelado no último minuto devido ao risco de que fossem registradas vítimas civis.
De nacionalidade catariana, Al-Qahtani teria nascido na Arábia Saudita entre 1979 e 1981, e estava ativo no Afeganistão ao menos desde 2009.
A partir de 2012, Al-Qahtani enviou vários suicidas contra bases das forças militares afegãs e comboios da coalizão ocidental, segundo oficiais do Pentágono.