Escândalo

Presidente sul-coreana aceita investigação sobre escândalo

Park Geun-Hye está envolvida em um escândalo político por conta da influência externa de Choi Soon-Sil no governo sul-coreano

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 04/11/2016 às 9:14
Foto: Ed JONES / POOL / AFP
Park Geun-Hye está envolvida em um escândalo político por conta da influência externa de Choi Soon-Sil no governo sul-coreano - FOTO: Foto: Ed JONES / POOL / AFP
Leitura:

A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, envolvida em um escândalo político pela influência de uma amiga nas decisões do governo, aceitou nesta sexta-feira (04) ser investigada por um promotor.

Em um discurso na TV, a presidente conservadora negou ter caído nas mãos de uma seita e de ter realizado rituais na Casa Azul - a residência presidencial - como afirmam vários jornais.

"Tem havido boatos de que entrei para uma seita e que celebraram rituais na Casa Azul, mas quero deixar claro que nada disto é verdade", disse Park.

"Se for preciso, quero responder sinceramente às investigações da promotoria", disse Park em um emotivo discurso.

"Os últimos acontecimentos são culpa minha e foram provocados pela minha falta de atenção", declarou Geun-Hye, admitindo que "baixou a guarda" com Choi. "Não posso me perdoar (...) e é difícil dormir à noite".

Esta é a segunda vez, em dez dias, que a presidente fala ao país sobre o escândalo que explodiu no mês passado, envolvendo sua amiga Choi Soon-Sil.

Choi é investigada por tráfico de influência e corrupção devido a suspeitas de que aproveitou seus contatos na presidência para extorquir os principais conglomerados econômicos do país, como Samsung, que teria destinado importantes somas de dinheiro a fundações criadas pela amiga da presidente.

A amiga da presidente também é acusada de interferir em questões de estado, incluindo a nomeação de altos funcionários.

Na quinta-feira, um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão contra Choi, amiga de Park há anos, por fraude e abuso de poder.

O escândalo abalou a confiança no governo de Park, que ainda tem mais de um ano de mandato, e levou milhares de manifestantes às ruas.

Para tentar aplacar a crise, a presidente mudou vários membros do seu gabinete.

Os partidos de oposição seguem criticando Park mas já não exigem sua demissão, o que exigiria eleições antecipadas de resultado incerto.

Últimas notícias