Mais de 100.000 pessoas foram deslocadas por causa da grande operação do exército iraquiano para recuperar Mossul, segunda maior cidade do Iraque, informou neste domingo (18) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Leia Também
- Habitantes de Mossul enfrentam escassez de água 'catastrófica'
- Forças de elite iraquianas avançam nas ruas de Mossul
- Exército iraquiano entra em Mossul, com resistência do Estado Islâmico
- Líder do Estado Islâmico perde controle de tropas em Mossul
- ONU denuncia uso de escudos humanos por grupo EI em Mossul
O Iraque iniciou a operação para conquistar Mossul, a última cidade iraquiana sob poder do grupo extremista Estado Islâmico (EI), em 17 de outubro.
Desde que teve início batalha de Mossul, 103.872 pessoas saíram de casa
Desde que teve início a batalha, 103.872 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, a maioria delas procedentes da província de Nínive, que tem Mossul como capital, explica a OIM.
O ministro iraquiano de Migração e Deslocados, Jasem Mohamed al Jaff, disse à AFP que 118.000 pessoas foram deslocadas desde o início da operação, número que inclui aquelas que fugiram da área de Hawijah, em outra província, sob controle do EI.
Organizações humanitárias advertiram que o número de deslocados pela operação militar poderia alcançar ou superar um milhão de pessoas.
As forças da unidade de elite antiterrorista do Iraque avançaram pela zona leste de Mossul e reconquistaram quase metade desta área.
O avanço das forças da frente sul foi interrompido, enquanto a frente norte não conseguiu entrar na localidade.
Ao oeste de Mossul, as forças paramilitares iraquianas tentam recuperar o controle de Tal Afar, que fica entre esta cidade e a Síria, mas ainda não conseguiram iniciar o ataque contra a localidade.
O grupo EI conquistou amplas zonas ao norte e oeste de Bagdá em 2014, mas as forças iraquianas recuperaram grande parte do território desde então.