Atiradores emboscados, caminhões e drones com armas são alguns dos possíveis riscos considerados pelas agências de segurança dos Estados Unidos na preparação para a cerimônia de posse de Donald Trump como presidente, na próxima sexta-feira (20).
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Embora o país em geral, e Washington em particular, estejam constantemente em alerta contra ataques de grupos como o Estado Islâmico ou Al-Qaeda, nos últimos anos foram verificadas ações planejadas e conduzidas por células internas.
"Não temos nenhuma informação credível sobre qualquer ameaça específica" para a cerimônia, declarou o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, a partir de um escritório estabelecido em Washington onde são coordenadas 50 agências e entidades governamentais.
Está prevista a mobilização de 28.000 agentes, incluindo do Serviço Secreto, da Guarda Nacional, do FBI (Polícia Federal) e da polícia regional para garantir a segurança da cerimônia, segundo Johnson.
O dia vai começar com uma visita ao cemitério nacional de Arlington, seguida pelo juramento do novo presidente, uma carreata pelo centro de Washington, um almoço de gala e, finalmente, uma cerimônia religiosa na Catedral.
Vários destes eventos serão ao ar livre, especialmente a tomada de posse, onde, em um espaço reduzido, vão se encontrar o novo presidente, o atual presidente e outros altos funcionários.
Os telhados de todos os edifícios próximos estarão tomados por franco-atiradores, o FBI terá detectores de radiação, de químicos e agentes biológicos em toda a área, e as autoridades estarão protegidas por um vidro à prova de balas.
A tradicional caravana do Capitólio até a Casa Branca também apresenta um enorme desafio logístico e de segurança.
O presidente Jimmy Carter chocou o país (e a segurança) em 1977 ao caminhar por todo o trajeto, quase 2 quilômetros, depois de prestar juramento.
Desde então, a maioria dos presidentes caminha por um pequeno trecho, um gesto que representa um momento de tensão extraordinário para os homens e mulheres do serviço secreto, responsável pela proteção do presidente e sua família.
Segurança máxima
Os serviços de segurança estimam uma concentração de entre 700.000 e 900.000 pessoas, incluindo pelo menos cerca de 99 grupos que pretendem realizar protestos.
Portanto, uma área de sete quilômetros quadrados no centro de Washington será completamente fechada ao tráfego, exceto para os carros do pessoal da segurança.
Aqueles que quiserem acompanhar a cerimônia não poderão levar mais do que seus telefones celulares, câmeras e documentos. A longa lista de itens proibidos inclui aerossóis, balões, bicicletas, objetos de vidro, ponteiros laser e, obviamente, qualquer tipo de arma. Serão permitidas apenas bolsas pequenas.
Esta é uma consequência do que aconteceu em abril de 2013, quando dois irmãos de origem chechena explodiram bombas caseiras escondidas em suas mochilas durante a Maratona de Boston, matando três pessoas.
Apenas pequenos cartazes serão permitidos, sem varas para sustentá-los, e os grupos antagônicos que poderiam entrar em confronto terão espaços específicos reservados e afastados uns dos outros.
As agências de segurança vão acompanhar todos os grupos através das redes sociais, e haverá inúmeros agentes a paisana.
Johnson afirmou que uma nova preocupação nesta cerimônia é a possibilidade de que camiões ??ou carros sejam usados ??paraa atropelar a multidão.
Em julho, 86 pessoas que comemoravam o feriado nacional francês em Nice foram mortas quando um extremista tunisiano lançou um caminhão contra a multidão.
Em dezembro, um ataque similar em um mercado em Berlim matou 12 pessoas. Por essa razão, as autoridades vão posicionar caminhões de cimento, ônibus e outros veículos para evitar essa possibilidade.
"É uma preocupação a qual estamos dando uma atenção especial", disse Johnson.
Os drones, cujo preço caiu significativamente, também representam um novo risco, embora sejam proibidos em toda Washington.