O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu a secretária de Justiça Sally Yates na noite dessa segunda-feira (30). Mais cedo, ela ordenou que os funcionários do Departamento de Justiça ignorassem a ordem executiva de Trump que proibiu a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.
Leia Também
- Otan e Trump de acordo em dialogar com Moscou
- Netanyahu tenta tranquilizar o México por tuíte sobre o muro de Trump
- Empresas reagem à medida anti-imigração de Trump
- Com Trump, EUA aumentam restrição para conceder visto a brasileiro
- França pede anulação do decreto anti-imigração de Trump
- Canadá oferece residência temporária a refugiados barrados por Trump
Segundo comunicado da Casa Branca, Yates "traiu o Departamento de Justiça ao se recusar a cumprir uma ordem legal construída para proteger os cidadãos dos Estados Unidos".
"Eu sou responsável por assegurar que as posições que adotamos nos tribunais se mantenham consistentes com a obrigação solene desta instituição de sempre buscar a Justiça e defender o que é certo", escreveu Yates em carta a funcionários do Departamento de Justiça. "Neste momento, não estou convencida de que a defesa desse decreto é consistente com essas responsabilidades, nem estou convencida de que a ordem é legal."
Secretária de Justiça havia sido indicada por Obama
Yates foi indicada por Barack Obama e ocupava o cargo interinamente, até que a indicação do senador Jef Sessions para o cargo de chefe do Departamento de Justiça seja aprovada pelo parlamento. Para cumprir o período de interinidade, Trump nomeou o promotor Dana Boente, que fez carreira no Estado da Virgínia. Ele afirmou que vai cumprir as ordens do presidente.