ATAQUE

Estado Islâmico reivindica atentado que deixou 45 mortos em Bagdá

O grupo extremista afirmou que o ataque visava à "uma reunião de xiitas"

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Publicado em 16/02/2017 às 14:10
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O grupo extremista afirmou que o ataque visava à "uma reunião de xiitas" - FOTO: STR / AFP
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O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o atentado com carro-bomba que deixou ao menos 45 mortos nesta quinta-feira (16) em Bagdá, no ataque mais violento na capital iraquiana desde o início do ano.

O atentado, o terceiro em três dias na capital iraquiana, foi reivindicado pelo grupo extremista, alvo de uma ofensiva das forças iraquianas que tentam expulsá-lo de Mossul, seu último reduto no país.

A forte explosão ocorreu em uma área de concessionárias de carros no distrito de Bayaa, no sul de Bagdá, onde quatro pessoas morreram na terça-feira em um ataque com carro-bomba, informou à AFP um funcionário do ministério do Interior.

As imagens transmitidas por militantes nas redes sociais mostraram corpos carbonizados e mutilados, assim como grandes danos na área atingida, enquanto a Defesa Civil ainda tentava extinguir o fogo.

"Um ataque terrorista com carro-bomba ocorreu perto da área de concessionárias de carros em Bayaa e causou a morte de 45 pessoas", indicou em um comunicado o porta-voz do comando militar encarregado da capital iraquiana.

Um funcionário do ministério do Interior forneceu uma avaliação semelhante, acrescentando que 60 pessoas ficaram feridas.

Ele explicou que as equipes de resgate lutavam para fazer o seu trabalho e que o número de vítimas ainda pode aumentar.

O grupo extremista reivindicou o ataque, afirmando ter visado "uma reunião de xiitas", em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda, Amaq.

No dia anterior, o EI reivindicou um atentado suicida no bairro xiita de Habibiya, vizinho de Sadr City, no norte da capital. Um suicida explodiu seu veículo, matando 11 pesoas.

A organização extremista sunita considera herege a comunidade xiita, majoritária no Iraque.

Força do ataque

Apesar das derrotas sofridas nos últimos meses e a perda de terreno no Iraque e na Síria, o grupo jihadista ainda consegue cometer ataques mortais nesses países e no resto do mundo.

Desde o lançamento, em 17 de outubro, da ofensiva das forças iraquianas para recuperar Mossul (norte), segunda cidade do país, Bagdá enfrenta um ressurgimento dos ataques do EI.

Em 2 de janeiro, enquanto o presidente francês, François Hollande, visitava o Iraque, um atentado suicida com carro-bomba reivindicado pelo EI matou 35 pessoas em Sadr City. 

Apoiadas pela coalizão antijihadista internacional liderada pelos Estados Unidos, as forças iraquianas recuperaram o controle no último mês da parte oriental de Mossul, encontrando forte resistência por parte dos combatentes do EI.

Elas se preparam agora para lançar uma ofensiva para recuperar a parte ocidental, do outro lado do rio Tigre, mais densamente povoada.

Além da luta contra o EI, o governo iraquiano está mergulhado em uma crise política.

Enfrenta desde 2015 um movimento de contestação animado principalmente por simpatizantes do clérigo xiita Moqtada Sadr, que exige melhorias dos serviços públicos, reformas políticas e acusa os políticos de corrupção e nepotismo.

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