Argentina

Presidente argentino critica 'pseudo-democracia' da Venezuela

Em entrevista para diversos veículos de comunicação da Espanha, Macri criticou o governo da Venezuela e o ''populismo'' que existe na América

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Publicado em 18/02/2017 às 12:03
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Em entrevista para diversos veículos de comunicação da Espanha, Macri criticou o governo da Venezuela e o ''populismo'' que existe na América - FOTO: JUAN MABROMATA / AFP
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O presidente argentino, o conservador Mauricio Macri, afirmou que a Venezuela é apenas uma "pseudo-democracia" e atacou os "populismos", em uma entrevista concedida a vários meios de comunicação espanhóis, antes de sua visita à Espanha na próxima semana.

"Basta de eufemismos, a Venezuela não é uma democracia", declarou, segundo os jornais El País, El Mundo e ABC. "Há uma pseudo Suprema Corte. Os direitos humanos não são respeitados", acrescentou, em alusão à república bolivariana liderada por Nicolas Maduro. 

Na quinta-feira, este tribunal confirmou a sentença de 14 anos de prisão para Leopoldo Lopez, figura da oposição. 

"O governo anterior estava à beira da 'chavizar' a Argentina e tivemos que lutar muito para evitar isso", disse.

Populismo como principal inimigo 

Para Macri, o principal inimigo é o "populismo", descrito com uma metáfora: "O populismo é como um pai que convida toda a sua família para a Europa para hotéis cinco estrelas e, quando eles retornam, o pai liquidou a casa (... ). É "viver um momento maravilhoso para depois perceber que quebrou o país, e ficou sem reservas e sem infraestruturas", afirma o El Mundo. 

O ex-empresário argentino, que completou no dia 10 de dezembro um ano de um mandato difícil, especialmente em matéria econômica, invoca regularmente o legado "catastrófico" de 12 anos de presidência de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), marcada por um alinhamento diplomático com Lula e Dilma Rousseff e com a Venezuela de Hugo Chávez.

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