O médico David Doa, que foi arrastado à força por seguranças durante um voo da United Airlines, precisará passar por uma cirurgia de reconstrução, após sofrer uma concussão, quebrar o nariz e perder dois dentes num voo do último domingo (9), em Chicago. Segundo a filha e os advogados de David, uma ação judicial está sendo movida contra a companhia aérea.
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@United overbook #flight3411 and decided to force random passengers off the plane. Here's how they did it: pic.twitter.com/QfefM8X2cW
— Jayse D. Anspach (@JayseDavid) 10 de abril de 2017
Os advogados querem que a United e a cidade de Chicago, que administra o Aeroporto Internacional O'Hare, preservem vídeos das câmeras de segurança, gravações de voz da cabine, listas de passageiros e tripulação, e outros materiais, citando o risco de "prejuízos sérios" ao médico.
Nesta quinta-feira (13), os advogados e a filha do homem arrastado participaram de uma coletiva de imprensa para esclarecer o estado de saúde de David e as ações que serão adotadas diante do ocorrido, segundo o jornal The Independent.
Entenda o caso
O caso chamou a atenção de todo o mundo por conta da violência desprendida pelos seguranças para retirar o médico do avião. A United precisava embarcar funcionários no voo, que estava lotado, e como permitido por lei, solicitou que algum passageiro cedesse o assento e embarcasse em um novo voo.
Como ninguém atendeu ao pedido, a empresa escolheu o passageiro não seguiria no voo. David Doa se recusou a sair, alegando ter pacientes para atender, e foi retirado a força por seguranças, que arrastaram o médico pelo corredor do avião após ele ter batido com a cabeça no apoio de uma das poltronas.
O CEO da United, Oscar Munoz, emitiu nesta quarta-feira um pedido de desculpas a Dao e disse que a companhia não irá mais usar agentes da lei para remover passageiros de voos lotados, após críticas globais serem feitas pela maneira como agiram.