Um relatório do serviço de inteligência da França acusa o regime do presidente sírio Bashar al-Assad pelo suposto ataque químico em uma localidade rebelde do noroeste da Síria que deixou 87 mortos, anunciou nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault.
"Não há a menor dúvida de que foi utilizado gás sarin. Também não há dúvida sobre a responsabilidade do regime sírio, levando em consideração o método de fabricação do sarin utilizado", declarou Ayrault à imprensa após um conselho de Defesa durante o qual apresentou o relatório do serviço de inteligência.
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O documento, elaborado com base em mostras e análises realizadas pelo serviço de inteligência francês, permite estabelecer "de fonte certeira que o método de fabricação do sarin coletado é típico do método desenvolvido pelos laboratórios sírios. Este método leva a assinatura do regime e é o que nos permite estabelecer sua responsabilidade neste ataque", declarou Ayrault.
O ataque no dia 4 de abril contra a localidade de Khan Sheikhun, uma zona rebelde na região noroeste do país, matou 87 pessoas, incluindo 31 crianças.
Estados Unidos respondeu ao ataque na Síria
Após o ataque, os Estados Unidos bombardearam, em represália, uma base aérea do regime sírio em 7 de abril.
Assad nega categoricamente estar por trás do ataque de Khan Sheikhun.
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) concluiu em 19 de abril de forma "indiscutível" que as vítimas do ataque foram expostas ao gás sarin. Estados Unidos, Reino Unido, Turquia e França chegaram à mesma conclusão.